Dólar abre 2021 em alta de 1,53%, vendido a R$ 5,268; Bolsa cai 0,14%
Mesmo após abrir o dia em queda, o dólar voltou a subir e fechou a primeira sessão de 2021 em alta de 1,53%, cotado a R$ 5,268 na venda. A moeda norte-americana já havia encerrado o último pregão de 2020 em valorização frente ao real, acumulando alta de mais de 29% no ano passado.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), começou o ano registrando queda de 0,14%, aos 118.854,71 pontos, depois de passar três pregões seguidos acima dos 119 mil pontos e fechar 2020 em alta acumulada de 2,92%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Pela manhã, o dólar chegou a tocar o patamar de R$ 5,12, mas reverteu a tendência de queda e passou a operar em alta ao longo da tarde, captando a volatilidade no exterior em meio a preocupações sobre a pandemia e seus efeitos sobre a recuperação econômica.
Enquanto isso, no Brasil, investidores entraram em 2021 ainda de olho na situação fiscal, depois que temores de que o governo pudesse furar o teto de gastos em 2021 ajudaram o dólar a disparar 29,33% no acumulado do ano passado.
Dentro dessa pauta, também esteve no radar a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou na quinta-feira (31) a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), vetando, entre outros pontos, um dispositivo que impedia a limitação de gastos em ações vinculadas à produção e disponibilização de vacinas contra a covid-19.
De acordo com Mauriciano Cavalcante, diretor de câmbio da Ourominas, a preocupação fiscal e a demora para início da vacinação da população no Brasil podem ser um fator de impulso para o dólar nesta semana, mesmo que o clima no exterior volte a ficar otimista.
(Com Reuters)
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