Dólar cai a R$ 5,26, com lockdowns na Europa no radar; Bolsa sobe 0,44%
Revertendo a tendência de alta registrada pela manhã, o dólar comercial voltou a cair, encerrando o dia cotado a R$ 5,260 na venda, uma variação de -0,15%. A baixa não foi suficiente para compensar os números de ontem, quando a moeda norte-americana valorizou 1,53% frente ao real, fechando em R$ 5,268.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), interrompeu uma sequência de duas quedas consecutivas e terminou o pregão aos 119.376,21 pontos, subindo 0,44%. A alta supera a baixa de 0,14% registrada na véspera, quando o indicador fechou abaixo dos 119 mil pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Covid-19 preocupa
Investidores passaram o dia monitorando o avanço da covid-19 pelo mundo, a imposição de regras de confinamento mais rígidas na Europa e a disputa pelas últimas cadeiras no Senado dos Estados Unidos.
Hoje, o Reino Unido deu início a seu terceiro lockdown, em uma tentativa de conter a disseminação de uma nova variante do coronavírus ainda mais contagiosa que a anterior. A Alemanha também anunciou que prorrogará o confinamento até 31 de janeiro, fechando inclusive escolas e aconselhando a população a trabalhar de casa, quando possível.
"Há preocupação com o aumento de casos de covid-19, especialmente em relação à nova cepa [descoberta no Reino Unido], levando países a decretar lockdowns", explicou à Reuters Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho.
Quanto aos EUA, a preocupação foi o segundo turno das eleições para o Senado na Geórgia, em que está em jogo o controle da Casa e a capacidade de bloquear ou promover a agenda de eleito Joe Biden. Uma vitória "azul" resultaria em empate no número de senadores democratas e republicanos, o que abriria espaço para a aprovação de pautas do presidente eleito.
Eleição na Câmara
No cenário doméstico, todos os olhares se voltaram para a eleição à presidência da Câmara dos Deputados, em meio à ansiedade dos mercados pela retomada da agenda de reformas e à preocupação com o controle de gastos. Temores de que o governo possa furar o teto em 2021 foram um fator decisivo para a disparada de mais de 29% registrada pelo dólar em relação ao real no ano passado.
"O Brasil entrou na pandemia com a questão fiscal frágil, e, em momentos de aversão a risco global, em meio às incertezas, o real se desvaloriza mais [em comparação com seus pares]", disse Rostagno.
Ontem, o PT anunciou apoio à candidatura do deputado federal Baleia Rossi (SP), presidente nacional do MDB, para suceder Rodrigo Maia (DEM-RJ) à frente da Câmara. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já anunciou apoio público a Arthur Lira (Progressistas-AL), líder do centrão, em eleição que deve acontecer no início de fevereiro.
(Com Reuters)
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