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Dólar fecha em alta de 0,53%, a R$ 5,508, maior cotação desde novembro

Marcos Brindicci
Imagem: Marcos Brindicci

Do UOL, em São Paulo

25/01/2021 18h19

O dólar comercial fechou hoje (25) em alta de 0,53% ante o real, cotado a R$ 5,508 na venda, na maior cotação desde o dia 5 de novembro, quando alcançou R$ 5,545.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Na sexta-feira (22), a moeda norte-americana teve alta de 2,14% ante o real, cotado a R$ 5,479 na venda e acumulou alta de 3,30% na semana.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, não operou hoje (25), feriado na capital paulista.

Os agentes do mercado se demonstraram preocupados com a saída do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, oficializado em fato relevante divulgado pela companhia no último domingo. O pedido poderia sinalizar que o governo federal estava abrindo mão da pauta sobre as privatizações neste ano -algo desejado pelo mercado.

Mas, para especialistas, o escolhido pelo governo de Jair Bolsonaro para substituir Wilson Ferreira Júnior no comando da Eletrobras deverá indicar, rapidamente, que a privatização da estatal segue como prioridade. Para o economista-chefe da XP, Caio Megale, ex-integrante da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, o novo comandante da estatal deverá dar prioridade à privatização.

"O programa de privatizações é um dos pilares importantes do programa de Paulo Guedes e de Bolsonaro quando foi eleito. A privatização da Eletrobras tem sua importância pela sua situação atual e pelo seu grau de maturidade (para ser privatizada) ", disse. Segundo ele, Ferreira Júnior é um símbolo desse processo e, por isso, o anúncio de sua saída, em 5 de março, causou preocupações no mercado.

Além disso, em relação à pandemia causada pelo novo coronavírus, a China liberou a exportação de 5.400 litros de insumos para a produção no Brasil da vacina CoronaVac, e a carga já está pronta para envio ao país, afirmou o presidente Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira, em uma postagem nas redes sociais, acrescentando que o material estará "chegando nos próximos dias".

Bolsonaro afirmou ainda que os insumos para a vacina da AstraZeneca, que são aguardados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para iniciar produção do imunizante, "estão com liberação acelerada". Na postagem, Bolsonaro agradeceu a "sensibilidade" do governo chinês.

Já no exterior, o salto de casos de covid-19 e retomada de restrições em todo o mundo para contê-la pressionaram uma alta do dólar em relação a diversas moedas.

(Com Reuters)