Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Após seis dias de queda, Bolsa tem forte alta de 2,59%; dólar sobe 0,53%

Getty Images/iStock
Imagem: Getty Images/iStock

Do UOL, em São Paulo

28/01/2021 17h23Atualizada em 28/01/2021 18h36

O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em forte alta hoje (28), interrompendo uma sequência de seis quedas consecutivas. O índice teve valorização de 2,59% aos 118.883,5 pontos.

As ações do IRB lideraram os ganhos na Bolsa, com 17,8% de alta. Na outra ponta, os papéis da Bradespar caíram 2,5%.

Ontem (27), o índice teve desvalorização de 0,50%, aos 115.882,30 pontos, no menor patamar desde o dia 21 de dezembro, quando atingiu 115.822,57 pontos.

Já o dólar comercial fechou hoje (28) em alta de 0,53% ante o real, cotado a R$ 5,436 na venda, no segundo dia de alta consecutivo da moeda norte-americana ante o real.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Ontem (27), a moeda norte-americana teve alta de 1,51% ante o real, cotado a R$ 5,407 na venda.

Os agentes do mercado passaram o dia de olho nos dados melhores sobre mercado de trabalho doméstico, desdobramentos políticos em Brasília e avanço da covid-19 no Brasil.

No âmbito doméstico, estavam no foco dados econômicos. O Brasil tinha 14 milhões de desempregados no trimestre encerrado em novembro, mas a população ocupada aumentou. E em 2020 houve geração líquida de postos formais de trabalho, apesar da pandemia.

A taxa foi a mais alta para esse trimestre desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. Na comparação com o trimestre anterior (junho a agosto), o cenário é de estabilidade (14,4%). Já em comparação com o mesmo trimestre de 2019, são 2,9 pontos percentuais a mais (11,2%).

Já a pauta fiscal continuava sob os holofotes, em meio a incertezas sobre o respeito ao teto de gastos por parte do governo diante das fortes despesas geradas pela pandemia.

"Neste momento o governo está pressionado pela corrente política que deseja a reedição dos programas assistenciais, para os quais não existem fontes de financiamentos, mas este estado de coisas exerce pressão psicológica sugerindo descumprimento do teto orçamentário, o que (...) é negado pelo governo e provoca enormes ruídos, afetando as perspectivas negativas", explicou Sidnei Nehme, economista e diretor executivo da NGO Corretora à Reuters.

Além disso, a pressão sobre Bolsonaro acontece em meio à disputa pelas presidências da Câmara e do Senado em Brasília, cujo resultado pode ter impacto na capacidade do governo de avançar ou não com sua agenda de reformas estruturais, que são vistas por boa parte dos mercados como essenciais para aliviar as contas públicas brasileiras.

"Resta agora entender o compromisso do governo com as reformas, caso consiga uma onda favorável nas casas legislativas, pois a 'desculpa' da trava por presidentes da Câmara e do Senado se esvai, daí a responsabilidade do Executivo em alimentar o Congresso com as pautas reformistas daqui em diante", disse à Reuters Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

Nos EUA, a economia contraiu 3,5% em 2020, pior desempenho desde 1946. Isso após crescimento de 2,2% em 2019, marcando o primeiro declínio anual do PIB desde a Grande Recessão de 2007-09. Quase todos os setores, com a exceção do governo e do mercado imobiliário, sofreram declínio da produção no ano passado.

A queda de 3,9% dos gastos dos consumidores foi a maior desde 1932. A economia caiu em recessão em fevereiro passado. No quarto trimestre, o PIB cresceu a uma taxa anualizada de 4,0%.

O vírus e a falta de outro pacote de gastos reduziram os gastos dos consumidores, e ofuscaram parcialmente o desempenho forte da indústria e do mercado imobiliário.

(Com Reuters)