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Bolsa fecha em alta de 2,13%; dólar tem queda de 0,45%, a R$ 5,450

Dólar cai 0,45%, e Bolsa sobe após sofrer forte queda na sexta - Marcos Brindicci
Dólar cai 0,45%, e Bolsa sobe após sofrer forte queda na sexta Imagem: Marcos Brindicci

Do UOL, em São Paulo

01/02/2021 17h22Atualizada em 01/02/2021 18h44

O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta hoje (22). O índice subiu 2,13% aos 117.517,57 pontos.

As ações da Eletrobras lideraram os ganhos na Bolsa, com 8,98% de alta. Na outra ponta, os papéis da Via Varejo caíram 2,11%.

Na sexta-feira (29), o índice caiu 3,21% aos 115.067,55 pontos, no menor patamar desde o dia 14 de dezembro do ano passado, quando atingiu 114.611,12 pontos.

Já o dólar comercial fechou hoje (1) em queda de 0,45% ante o real, cotado a R$ 5,450 na venda.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Na sexta-feira (29), a moeda norte-americana fechou com valorização de 0,71%, vendido a R$ 5,475.

Agentes do mercado respiravam pouco aliviados com os números da covid-19 no mundo, mas, no Brasil, mantinham os olhos nas eleições do Congresso e alguns outros fatores.

"Há um movimento de reajuste, muito por fatores técnicos", disse à Reuters Alejandro Ortiz, economista da Guide Investimentos. Ele citou expectativas de aumento da taxa Selic ainda no primeiro semestre deste ano como um fator de apoio para o real.

Na sua última reunião de política monetária, o Banco Central manteve a taxa na mínima histórica de 2%, mas retirou do seu comunicado o "forward guidance", com o qual mantinha o compromisso de não elevar os juros desde que algumas condições estivessem satisfeitas.

Enquanto isso, em Brasília, todos os olhares ficavam sobre as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, com os candidatos do governo Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) sendo apontados como os favoritos para as Casas, respectivamente.

"O desfecho das eleições tem como principal promessa destravar a agenda de reformas", explicou Ortiz, destacando a atenção dos mercados à postura do governo diante da sustentabilidade das contas públicas e esperanças de que as necessidades da população em meio à pandemia sejam equilibradas com as necessidades fiscais.

Uma eventual retomada do auxílio emergencial -que foi encerrado em dezembro- tem sido objeto de discussões de candidatos ao comando das duas Casas Legislativas e deve voltar com força na agenda política no retorno dos parlamentares ao trabalho, em meio a temores de que o teto de gastos brasileiro seja furado em 2021.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a continuidade do auxílio emergencial quebraria o Brasil e teria uma série de outras consequências desastrosas, enquanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que, caso o auxílio seja reeditado, haja travamento de outras despesas.

Já no exterior, o dólar operava em leve alta contra uma cesta de moedas, mas o clima entre os operadores estava mais ameno depois de um frenesi impulsionado por redes sociais que abalou Wall Street na semana passada.

A disseminação da covid-19 e o ritmo da imunização da população também eram acompanhados de perto pelos investidores globais.

(Com Reuters)