Dólar interrompe 4 quedas e fecha em alta, a R$ 5,518; Bolsa perde 1,07%
O dólar comercial fechou em alta de 0,59% nesta segunda-feira (22), cotado a R$ 5,518 na venda, após quatro quedas seguidas. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em queda de 1,07%, aos 114.978,86 pontos.
Os papéis da Embraer caíram 7,44%, enquanto as ações do Pão de Açúcar lideraram os ganhos na Bolsa, com valorização de 5,05%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
"Cerco ao negacionismo do presidente"
No cenário doméstico, a política e a situação da pandemia de covid-19 seguem no radar dos investidores. "Aqui, parece mesmo que o cerco ao negacionismo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está se fechando, a cada dia", opinou em nota Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora, à agência de notícias Reuters.
A ofensiva do presidente Bolsonaro contra medidas de restrição impostas por governadores e prefeitos para conter o avanço da covid-19 gerou críticas entre os parlamentares na semana passada, que apontaram excesso e interesse eleitoral na movimentação.
Enquanto isso, vários economistas e empresários assinaram uma carta de alerta sobre a situação da pandemia no Brasil e seu agravamento, cobrando do governo aceleração do ritmo de vacinação e medidas de distanciamento social.
"Reações do centrão rompendo a 'lua de mel' com o presidente e a carta dos economistas, divulgada no fim de semana e subscrita por representantes do setor financeiro, aumentam a temperatura em Brasília, em meio à maior crise sanitária já vivida pelo país", explicou à Reuters Gomes da Silva.
Cenário externo
No cenário externo, houve instabilidade depois que o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, substituiu o presidente do banco central por um crítico da altas de juros, deixando a lira em queda livre e enviando ondas de choque pelos mercados de câmbio globais.
A intervenção de Erdogan no banco central do país gerou preocupação e afetou moedas de outros países emergentes, como o Brasil.
Para Dan Kawa, sócio da TAG Investimentos, "o problema da Turquia é pontual e localizado" e não tem "semelhanças com outros países", mas ele disse que, no curto prazo, a forte queda dos ativos do país pode levar a algum contágio a outros mercados, como o Brasil, por "efeitos técnicos de redução de posições relativas e absolutas, assim como para fins de redução de risco (...)."
(Com Reuters)
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