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Após três dias de queda, Bolsa fecha em alta de 1,5%; dólar sobe a R$ 5,67

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Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

25/03/2021 17h58Atualizada em 25/03/2021 23h05

Após três dias de queda, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta hoje. O índice teve uma valorização de 1,50% aos 113.749,90 pontos.

As ações da Equatorial lideraram os ganhos na Bolsa, com 6,95% de alta. Na outra ponta, os papéis da SulAmérica caíram 2,82%. Ontem (24), o índice caiu 1,06% aos 112.064,19 pontos.

O dólar comercial fechou em alta de 0,55% ante o real, cotado a R$ 5,670 na venda.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Ontem, a moeda norte-americana teve forte alta de 2,25%, cotada a R$ 5,640 na venda.

O dia foi movimentado no mercado, enquanto os agentes acompanhavam a disseminação da covid-19 e o cenário fiscal do Brasil, bem como projeções econômicas divulgadas pelo Banco Central.

Na quarta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), acendeu um "sinal amarelo" e alertou que a Casa não deve se dedicar a temas que não estejam relacionados ao combate à pandemia, o que despertou entre os investidores o receio de mais atrasos na agenda de reformas do governo, em meio à persistente incerteza em torno das contas públicas.

"O que continua pesando aqui são as preocupações fiscais", disse à Reuters Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho. "O discurso de Lira foi bastante duro e seu anúncio gera preocupações num cenário de pressões por mais gastos do governo pra combater a covid-19 no país."

O Brasil superou na quarta-feira a marca sombria de 300 mil mortes em decorrência da covid-19, com o registro de 2.009 óbitos em 24 horas, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Segundo levantamento da Reuters, atualmente o Brasil lidera o mundo no número médio diário de novas mortes e infecções registradas, sendo responsável por uma em cada quatro mortes e um em cada sete casos contabilizados em todo o mundo a cada dia.

Vacinação contra a covid-19

A vacinação no país segue em ritmo lento, com atrasos no cronograma de produção e seguidas reduções nas promessas de doses a serem entregues após uma demora do governo em negociar com laboratórios, o que deixa o Brasil sem uma perspectiva de resolver a crise no curto prazo.

Em meio ao recrudescimento recente da pandemia e ao carregamento estatístico para o PIB anual maior do que o esperado, o Banco Central reduziu sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto este ano para 3,6%, ante alta de 3,8% projetada em dezembro, mostrou o mais recente Relatório Trimestral de Inflação da autarquia, divulgado nesta quinta-feira.

Em relação ao aumento dos preços, o BC repetiu as projeções divulgadas na semana passada para seu cenário básico, que apontam para um IPCA em torno de 5% para este ano e de 3,5% para 2022, mas detalhou também alguns cenários alternativos em que considera a possibilidade de condições mais adversas.

(Com Reuters)