Bolsa sobe 2,93% na semana e atinge maior patamar em três meses; dólar cai
Após emendar cinco altas consecutivas, o Ibovespa encerrou a semana aos 121.113,93 pontos — o maior patamar desde 18 de janeiro, quando bateu os 121.241,63 pontos. Com a alta de 0,34% registrada hoje, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) soma valorização de 2,93% na semana, a terceira seguida de saldo positivo.
O destaque do dia ficou com as ações das Lojas Renner (LREN3) e da Cia Hering (HGTX3), que subiram 11,91% e 6,66%, respectivamente. Esta última já havia registrado forte alta ontem, de 28,13%, após divulgar ter recebido — e recusado — uma proposta de fusão da Arezzo.
As maiores baixas, em contrapartida, ficaram com os papéis do Grupo Natura (NTCO3) e da Minerva Foods (BEEF3): -5,07 e -4,29%.
Já o dólar completou o quarto dia seguido de baixa, encerrando a semana em queda acumulada de 1,59%, cotado a R$ 5,585 na venda. O valor de fechamento desta sexta (16) representa desvalorização de 0,77% frente ao de ontem, quando a moeda americana terminou o dia em R$ 5,628.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Cenário doméstico em alta
No Brasil, as atenções dos investidores se voltaram à divulgação do projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022, sem que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenha sancionado ainda o Orçamento de 2021, considerado inexequível na forma como aprovado pelo Congresso.
O impasse, ainda sem solução clara, agravou as preocupações com o quadro fiscal, que já era cercado de incertezas diante das demandas por gastos com o enfrentamento da crise de saúde e econômica gerada pela pandemia da covid-19.
"Os mercados estão mostrando tendência a acreditar que Bolsonaro vai vetar parcialmente [o Orçamento]", disse à Reuters Marcos Weigt, chefe de tesouraria do Travelex Bank.
Para ele, caso haja uma resolução das dúvidas nessa frente, pode haver um espaço maior de recuperação para o real, já que o maior fator de pressão para a moeda doméstica no momento é a incerteza fiscal.
Hoje, especificamente, também esteve no radar a notícia de que o STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou em plenário a decisão liminar do ministro Edson Fachin de anular todas as condenações de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Operação Lava Jato, garantindo ao ex-presidente os direitos políticos para concorrer nas eleições presidenciais de 2022.
Em nota, analistas da Genial Investimentos disseram que a "decisão do STF coloca mais combustível na polarização política do país".
(Com Reuters)
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