Depois de três quedas, dólar sobe 1,17%, a R$ 5,316; Bolsa cai 0,28%
Após registrar três baixas consecutivas, o dólar voltou a subir, encerrando a quarta-feira (19) em alta de 1,17%, cotado a R$ 5,316 na venda. Com isso, a moeda americana volta à casa dos R$ 5,30, depois de chegar a bater R$ 5,25 ontem.
Mesmo com o desempenho de hoje, o dólar ainda acumula desvalorização de 2,14% frente ao real em maio.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou o dia em queda de 0,28%, aos 122.636,30 pontos. Mas o mês segue positivo para o indicador, que já acumula alta de 3,15% desde o dia 3, data do primeiro pregão de maio.
Puxaram o resultado de hoje as ações da Cyrela (CYRE3) e CSN (Companhia Siderúrgica Nacional - CSNA3), que registraram queda de 4,03% e 3,98% na sessão. As maiores altas, em contrapartida, ficaram Cemig (CMIG4) e BRF (BRFS3): 5,07% e 4,56%.
Em nota à Reuters, Jefferson Rugik, da Correparti Corretora, chamou a atenção para um viés negativo nos mercados globais, citando "renovadas preocupações com o avanço mundial da inflação, que pode forçar os grandes bancos centrais a retirar medidas de estímulo mais cedo do que se imaginava".
Os temores sobre o aumento dos preços ganharam força na semana passada, após dados mostrarem que a inflação de abril nos Estados Unidos subiu à taxa mais acentuada em mais de uma década. Mesmo assim, algumas autoridades do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) já expressaram sua visão de que esse pico nos preços é temporário.
Pazuello e Salles no radar
No ambiente doméstico, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid continuou sob os holofotes. Aguardado desde o início do mês, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello depôs hoje à comissão.
Paralelamente, colaborando para os ruídos na seara política, esteve a investigação deflagrada hoje pela Polícia Federal para apurar suspeita de crimes de corrupção e facilitação de contrabando praticados por agentes públicos e empresários na exportação de madeira, tendo como um dos alvos o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
(Com Reuters)
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