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Dólar tem maior alta semanal desde março e vai a R$ 5,123; Bolsa cai 0,53%

Ibovespa registrou sua 1ª queda semanal desde meados de maio, fechando o dia aos 129.441,03 pontos - Suamy Beydoun/AGIF/Estadão Conteúdo
Ibovespa registrou sua 1ª queda semanal desde meados de maio, fechando o dia aos 129.441,03 pontos Imagem: Suamy Beydoun/AGIF/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

11/06/2021 17h22Atualizada em 11/06/2021 17h42

Com a alta de 1,12% registrada hoje, o dólar voltou a fechar uma semana em valorização frente ao real, acumulando ganhos de 1,73% desde segunda-feira (7) e terminando o dia cotado a R$ 5,123 na venda. É a maior alta semanal desde o final de março, quando a moeda americana subiu 4,67% entre os dias 22 e 26.

É também o segundo maior valor de fechamento alcançado em junho, perdendo apenas para os R$ 5,146 do dia 1º. Em todas outras sessões, o dólar fechou abaixo de R$ 5,10.

Já o Ibovespa teve sua primeira queda semanal desde meados de maio, encerrando a sexta-feira aos 129.441,03 pontos. Com a baixa de 0,49% registrada hoje, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) termina a semana em desvalorização acumulada de 0,53%.

Mesmo com os desempenhos de hoje, dólar e Ibovespa continuam seguindo caminhos opostos em 2021. Enquanto a moeda americana soma queda de 1,27%, o indicador já subiu 8,76% no ano.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Olho nos EUA

Nesta semana, as atenções dos investidores se voltaram à expectativa pelos — e, mais tarde, à divulgação dos — dados da inflação nos Estados Unidos. Segundo o Departamento do Trabalho americano, o índice de preços ao consumidor subiu 0,6% no mês passado, após alta de 0,8% em abril. Com isso, a inflação dos últimos 12 meses ficou em 5% — a maior alta anual desde agosto de 2008.

À Reuters, o analista Thomás Gibertoni, da Portofino Multi Family Office, alertou que a inflação nos EUA é um tema que vai continuar no radar do mercado, à medida que as principais economias se recuperam da crise gerada pela pandemia de covid-19.

Em paralelo, investidores vão se preparando para a reunião de política monetária do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano), marcada para os dias 15 e 16 de junho. Recentemente, temores de uma alta nos preços levou a especulações de que os juros — hoje próximos a zero — pudessem voltar a subir mais cedo do que o esperado.

A data coincide com o próximo encontro do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil — outro ponto de atenção para os investidores. Na última reunião, em maio, o comitê indicou que poderia fazer um novo ajuste de 0,75 ponto percentual nos juros básicos da economia (taxa Selic), hoje em 3,50% ao ano.

(Com Reuters)