Dólar cai 0,25%, a R$ 5,595, e Bolsa chega a 2ª alta seguida
Depois de subir na véspera, o dólar terminou a quarta-feira (24) em queda de 0,25%, cotado a R$ 5,595 na venda, com investidores reagindo à divulgação de dados econômicos nos Estados Unidos e ainda atentos ao noticiário local em torno da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), subiu 0,83%, chegando aos 104.514,19 pontos. É a segunda alta consecutiva registrada pelo indicador, que havia terminado a semana passada em forte queda de mais de 3%.
Com o desempenho de hoje, o dólar agora acumula queda de 0,91% frente ao real em novembro, enquanto o Ibovespa registra alta de 0,98%. Em 2021, porém, a situação se inverte, com ganhos de 7,83% para a moeda americana e perdas 12,19% para o índice.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Dados dos EUA repercutem
O dia poderia ter sido ainda pior para o dólar se não fosse pelos dados divulgados de manhã pelo Departamento do Trabalho dos EUA. Segundo a pasta, o número de americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu ao menor patamar desde 1969 na semana passada, o que indica uma recuperação econômica sustentada.
No mercado, há percepção de que uma melhora no mercado de trabalho dos EUA — em meio à inflação ainda alta no país — fortalecem argumentos a favor da redução das compras mensais de títulos do Fed (Federal Reserve), o Banco Central americano. O fim desse estímulo bilionário, por sua vez, é visto como o início do aumento nos juros, hoje próximos a zero.
Uma eventual alta nos juros tende a beneficiar o dólar no mundo todo, uma vez que aumentaria a rentabilidade dos títulos americanos, tornando-os mais atrativos a investidores.
Se os juros sobem [nos EUA], isso ajuda a moeda norte-americana.
Mauro Morelli, da Davos Investimentos
Precatórios seguem no radar
Enquanto isso, no Brasil, ecoou entre investidores o discurso do relator da PEC dos Precatórios e líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), que anunciou seis mudanças no texto, incluindo a definição do Auxílio Brasil como um programa social de caráter permanente no valor de R$ 400.
A notícia não agradou a todos os participantes do mercado, que há meses têm se mostrado preocupados com a pressão do governo por mais gastos, especialmente em 2022, ano de eleição. Mas a previsão de auxílio permanente "facilitaria a aprovação da emenda no Senado", segundo avaliou a Genial Investimentos em nota a clientes, o que reduz alguns temores em relação às contas públicas.
A plataforma de investimentos não descartou, no entanto, "elevado grau de incerteza" no cenário fiscal, que "deverá permanecer pelo menos até que a PEC seja aprovada pelo Senado".
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.