Dólar emenda 4ª queda e vai a R$ 4,945, menor valor em 9 meses; Bolsa sobe
O dólar comercial emendou a quarta queda seguida e fechou abaixo dos R$ 5 pela primeira vez desde junho de 2021. Nesta segunda-feira (21), a moeda norte-americana recuou 1,42% e ficou cotada a R$ 4,945. É o menor valor em nove meses, desde 29 de junho do ano passado (R$ 4,942).
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), subiu 0,73%, na quarta alta seguida, aos 116.154,53 pontos. É o maior nível em seis meses, desde 14 de setembro (116.180,55 pontos).
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Ações da Petrobras puxam Bolsa
Tiveram destaque as ações da Petrobras, com forte peso na Bolsa, que subiram após falas do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a estatal.
"Alguns querem que a gente interfira na Petrobras. Não pode fazer isso. Até porque o próprio pessoal da Petrobras, a começar pelo presidente [Joaquim Silva e Luna], responderia por ter aceitado uma interferência. Os vilões são a roubalheira na Petrobras e o ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]", afirmou Bolsonaro à Jovem Pan.
Horas depois, a PETR3 fechou em alta de 3,35%, cotada a R$ 34,27. A PETR4 encerrou com ganho de 3,76%, negociada a R$ 31,76.
Sem direção clara
Com a guerra na Ucrânia ainda sem sinal de cessar-fogo, os investidores se preparam para uma semana recheada de divulgações domésticas e discursos de autoridades do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos.
"O receio de que um aperto monetário agressivo [alta dos juros] por parte do Fed, que deve priorizar o combate à inflação, resulte em uma forte desaceleração da atividade econômica segue entre os principais pontos de cautela da parte dos investidores", comentou em nota Victor Beyruti, economista da Guide.
"O investidor vai avaliar novos discursos [de Jerome Powell, presidente do Fed], de modo a calibrar expectativas com relação a uma possível aceleração do ritmo de alta dos juros".
No Brasil, também há expectativa pela divulgação da ata da última reunião do Copom, na terça-feira, do Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, na quinta, e dos dados março do IPCA-15, a prévia da inflação, na sexta-feira.
Sua publicação virá depois de o Comitê de Política Monetária do BC ter elevado os juros em 1 ponto percentual na semana passada e indicado alta da mesma magnitude em seu próximo encontro. Agora, os mercados ficarão atentos a sinalizações sobre o que o BC fará depois da reunião de maio.
*Com informações da Reuters
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