Dólar cai a R$ 4,753 e fecha maio com recuo de 3,85%; Bolsa sobe 3,22%
O dólar fechou hoje quase estável, com uma leve queda de 0,02%, cotado a R$ 4,753. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), teve alta de 0,29% e encerrou o pregão aos 111.350,51 pontos.
No mês de maio, a moeda registrou perda de 3,85%, enquanto o Ibovespa subiu 3,22%.
O fechamento mensal atribuiu maior volatilidade às sessões do dia, além de temores inflacionários nas principais economias do mundo, o que pode resultar em aperto monetário dos bancos centrais.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Fuga de investimentos de risco
Vários participantes do mercado alertavam para a possibilidade de volatilidade ao longo do dia devido à "briga" entre comprados e vendidos pela formação da Ptax, taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para liquidação de derivativos. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições.
Enquanto isso, no exterior, o clima era de aversão a risco, com as ações globais caindo e o dólar ganhando terreno contra a maioria das outras moedas diante de receios generalizados de inflação.
"Inflação, o assunto da moda não perde força e continua a pesar fortemente sobre os mercados, se sobrepondo a boas notícias e elevando a tensão dos ativos como um todo, em um cenário cada vez mais nebuloso para os juros globais", escreveu Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.
A incerteza sobre a política monetária vem em meio à percepção de que as principais autoridades monetárias do mundo estão presas num dilema entre combater a inflação com força ou evitar uma desaceleração da atividade num momento extremamente delicado para a economia global, em meio à guerra na Ucrânia.
*Com Reuters
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