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Dólar vai a R$ 5,452, maior valor desde julho de 2022; Bolsa cai mais de 2%

No exterior, investidores aguardam a próxima reunião do Fed - Lee Jae-Won/Reuters
No exterior, investidores aguardam a próxima reunião do Fed Imagem: Lee Jae-Won/Reuters

Do UOL, em São Paulo*

03/01/2023 17h23Atualizada em 03/01/2023 18h27

O dólar comercial emendou o terceiro pregão seguido de alta, de 1,72%, e fechou o dia cotado a R$ 5,452. Esse é o maior valor da moeda estrangeira desde 22 de julho de 2022, quando ficou em R$ 5,4988.

Investidores digeriam falas do novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em meio a preocupações sobre a saúde das contas públicas.

"O foco deixa de ser a expectativa, a especulação, e passa a ser as ações de fato; o mercado está muito apreensivo com as ações do novo governo e isso tem deixado o câmbio muito volátil", disse Maciel Vicente, economista e consultor cambial da iHUB Câmbio.

No cenário internacional, investidores estão à espera da publicação, na quarta-feira, da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos.

Em dezembro, o banco central dos Estados Unidos elevou sua taxa de juros em 0,50 ponto percentual, desacelerando o ritmo de aperto em relação aos ajustes de 0,75 ponto promovidos em encontros anteriores.

Investidores alertam que o posicionamento ainda agressivo do Fed no combate à inflação, aliado a incertezas domésticas sobre a saúde das contas públicas, será um dos grandes obstáculos para a valorização do real em 2023.

Reação na Bolsa

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), tornou a cair pelo terceiro pregão consecutivo. O índice fechou aos 104.165,74 pontos, em baixa de 2,08%, puxado pela desvalorização, principalmente, das ações da Meliuz (CASH3, perda de 10,66%) e da Locaweb (LWSA3, queda de 6,54%).

*Com Reuters