Com investidores de olho na inflação, dólar cai a R$ 5,057 e Bolsa recua
O dólar comercial encerrou em baixa de 0,15%, cotado a R$ 5,057.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), também fechou em queda de 0,88%, aos 102.312,10 pontos.
O que aconteceu:
A moeda norte-americana alternou entre estabilidade e leve queda frente ao real, de olho na melhora do sentimento externo após a redução de temores sobre a saúde econômica dos Estados Unidos, enquanto investidores digeriam dados ligeiramente mais baixos do que o esperado do IPCA-15 de abril.
Investidores mantinham certo grau de cautela em meio às dificuldades de credores norte-americanos de médio porte, o que, segundo Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital, tem sustentado apostas de que o Federal Reserve precisará ser mais comedido em seu ciclo de alta de juros.
Isso, por sua vez, tem mantido o dólar em patamares mais baixos a nível global, disse ele.
O banco central dos EUA se reúne na semana que vem para deliberar sobre a política monetária, com ampla expectativa de que encerre seu ciclo de aperto com um último ajuste de 0,25 ponto percentual na taxa de juros.
Cenário interno
Enquanto isso, no Brasil, o avanço dos preços de alimentos e habitação mostrou algum alívio e a alta do IPCA-15 desacelerou mais do que o esperado em abril, levando o índice em 12 meses abaixo de 5% pela primeira vez em pouco mais de dois anos.
Segundo Izac, isso é visto como positivo pelos mercados, já que um arrefecimento da inflação abriria espaço para cortes de juros "saudáveis" por parte do Banco Central.
A Selic elevada, atualmente em 13,75% ao ano, é apontada como um dos maiores pilares de sustentação do real, uma vez que impulsiona os retornos oferecidos pela moeda a investidores estrangeiros.
Mesmo assim, cortes de juros graduais que fossem acompanhados de uma redução na inflação, de forma a manter a taxa de juros real em níveis atraentes, provavelmente não afetariam o interesse pela moeda local, afirmou Izac.
O problema, segundo ele, seria uma redução de juros "na canetada", sem aval dos dados inflacionários e por pressão política do governo, o que minaria a credibilidade do real.
(Com Reuters)
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