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Dólar cai pelo 5º dia, a R$ 4,875, com alívio no risco fiscal; Bolsa sobe

O dólar emendou sua quinta queda consecutiva, esta de 0,26%, e terminou a terça-feira (7) vendido a R$ 4,875. É o menor valor de fechamento em mais de um mês, desde 19 de setembro, quando a moeda americana chegou aos R$ 4,873.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), subiu 0,71% e encerrou o dia aos 119.268,06 pontos, chegando ao quinto pregão seguido de alta.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

A Reforma Tributária foi aprovada no Senado. Com isso, houve melhora em relação à percepção de risco com os gastos do governo

Alívio nas preocupações com saúde fiscal ajudou a valorizar real. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o presidente Lula (PT) descartou tentar mudar a meta fiscal de 2024, como chegou a ser discutido no governo. A decisão daria mais tempo ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para convencer o restante do governo a adiar uma eventual flexibilização.

Mercado ainda reagiu à ata da última reunião do Copom. Segundo o documento divulgado hoje, o Banco Central brasileiro avalia que cresceram as incertezas sobre a capacidade do governo em cumprir as metas fiscais estabelecidas e defendeu que os objetivos para as contas públicas sejam buscados com firmeza.

Falas de dirigente do BC americano também contribuíram. Mais cedo, o presidente do Fed (Federal Reserve) de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que o BC dos Estados Unidos provavelmente terá mais trabalho pela frente para controlar a inflação. Isso corrobora com as apostas do mercado de que os juros serão mantidos no patamar atual — de 5,25% a 5,5% ao ano — por mais tempo.

Juros estáveis nos EUA tendem a favorecer o real. A perspectiva de que os juros americanos não subam muito motiva o mercado a buscar investimentos que possibilitem retornos maiores — o que beneficia as moedas de países emergentes, como o Brasil.

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Com a expectativa de que os EUA não devem subir mais os juros, isso reforça que o caminho para seguir com os cortes na Selic está bem pavimentado. Fica a dúvida, na minha visão, em relação ao tamanho desse [próximo] corte, mas por enquanto o mercado aposta em 0,5 ponto percentual.
Andre Fernandes, sócio da A7 Capital

(*Com Reuters)

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