Conteúdo publicado há 7 meses

Dólar cai a R$ 4,915 após surpresa positiva com inflação; Bolsa sobe 1,29%

O dólar caiu 0,51% e fechou a sexta-feira (10) cotado a R$ 4,915 na venda. Mesmo com o desempenho de hoje, a moeda americana termina a semana com alta acumulada de 0,37%.

Já o Ibovespa subiu 1,29% e chegou aos 120.568,14 pontos. Na semana, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) saltou 2,04%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Dados da inflação de outubro no Brasil surpreenderam o mercado. Investidores avaliam como positivos os dados do IPCA publicados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A inflação desacelerou para 0,24% em outubro, depois de subir 0,26% no mês anterior. A expectativa, segundo pesquisa da Reuters, era de avanço de 0,29%.

Expectativas para os juros não mudaram, o que dá suporte ao real. O mercado aposta que o Banco Central manterá o ritmo de cortes na Selic — hoje em 12,25% ao ano — em 0,50 ponto percentual pelas próximas duas reuniões. Juros em patamar mais elevado mantêm a atratividade da renda fixa no Brasil e, consequentemente, contribuem para valorizar o real.

Cautela nos Estados Unidos impediu queda maior no dólar. Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve), disse ontem que os dirigentes do BC americano "não estão confiantes" de que a política monetária esteja apertada o suficiente para controlar a inflação. A declaração jogou um balde de água fria nas esperanças do mercado de que os juros já haviam atingido seu pico nos EUA.

A alta do Ibovespa é também influenciada pela divulgação dos dados da inflação, que vieram abaixo do consenso de mercado. É algo bastante positivo para os ativos de risco e deixou o mercado otimista. Com isso, os juros futuros seguiram em queda, beneficiando empresas do setor de varejo e consumo.
Elcio Cardozo, sócio da Matriz Capital

(*Com Reuters)

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