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Bolsa sobe e chega ao maior patamar em mais de 2 anos; dólar vai a R$ 4,907

O Ibovespa subiu 0,43% e chegou aos 126.575,75 pontos, o maior patamar desde 15 de julho de 2021 (127.467,88 pontos). Só em novembro, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) já registra alta de 11,87%.

Já o dólar subiu 0,11% e fechou a quinta-feira (23) vendido a R$ 4,907, em dia sem grandes movimentações devido ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. No mês, a moeda americana ainda acumula perdas de 2,66% frente ao real.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Feriado nos EUA contribuiu para dia "morno" do dólar. Com o Dia de Ação de Graças, não houve negociações no mercado americano, o que reduziu a liquidez em todo o mundo. Além disso, a agenda esvaziada nos EUA deslocou as atenções para a divulgação da ata da última reunião do BCE (Banco Central Europeu) e para questões locais.

Investidores esperam medidas de estímulo do governo chinês. A China estuda permitir que os bancos ofereçam empréstimos de curto prazo sem garantia a incorporadoras qualificadas pela primeira vez. A medida é parte de um pacote de iniciativas para apoiar o setor imobiliário em dificuldades, segundo informações da Bloomberg News.

No Brasil, projeções do governo para 2023 causaram desconforto. A equipe econômica divulgou uma previsão de déficit primário de R$ 177,4 bilhões em 2023, equivalente a 1,7% do PIB (Produto Interno Bruto). O resultado é pior do que o projetado em setembro, o que acendeu um alerta no mercado. Por enquanto, ainda pesa o alívio com a decisão de manter a meta de rombo zero no ano que vem.

O feriado nos EUA reduz bastante a liquidez da Bolsa. Ainda assim, o Ibovespa consegue subir. (...) Ontem saiu a notícia do aumento do déficit, mostrando que a arrecadação tende a cair em 2023. Sem dúvida alguma, o mercado agora passa a olhar muito para 2024 e para a composição do orçamento.
Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed

(*Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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