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Dólar cai a R$ 4,898 após veto à desoneração; Bolsa também tem queda

O dólar caiu 0,18% e fechou a sexta-feira (24) vendido a R$ 4,898, interrompendo uma sequência de três altas seguidas. Em novembro, a moeda americana acumula baixa de 2,84%.

O Ibovespa também registrou queda, esta de 0,84%, e terminou o dia aos 125.517,27 pontos. Na véspera, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) havia chegado ao maior patamar em mais de dois anos. No mês, o Ibovespa subiu 10,94%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Dólar teve dia fraco também no mercado internacional. Segundo Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, a queda do dólar frente ao real reflete principalmente a fraqueza da moeda americana no exterior. "Embora hoje não seja feriado [nos Estados Unidos] como ontem, a liquidez foi comprometida", explicou à Reuters.

Investidores locais repercutiram veto do governo à desoneração. O presidente Lula (PT) decidiu vetar o projeto que prorrogava a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. A proposta havia sido aprovada no Congresso no fim de outubro e poderia implicar em perda de arrecadação, justo no momento em que o governo se esforça para melhorar a situação fiscal.

Veto de Lula é considerado uma vitória para o Ministério da Fazenda. O ministro Fernando Haddad disse hoje que a decisão foi necessária porque a medida é inconstitucional. Ele também prometeu apresentar uma alternativa ao benefício, ressaltando que o governo continuará a fazer revisões de incentivos tributários que estão comprometendo as contas da União.

Decisão ainda pode ser derrubada pelo Congresso. Parlamentares de oposição já anunciaram que vão votar pela derrubada do veto de Lula. "Vamos, sim [derrubar o veto]. Pela votação que já teve na Câmara e no Senado, com maioria ampla e extremamente sólida, há base e argumentos para essa derrubada", disse o senador Efraim Filho (União Brasil-PB) ao UOL News (assista aqui).

(*Com Reuters)

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