Conteúdo publicado há 7 meses

Dólar sobe a R$ 4,888 após EUA revisarem crescimento do PIB; Bolsa cai

O dólar subiu 0,32% e fechou o dia cotado a R$ 4,888 na venda. Mesmo com o desempenho de hoje, a moeda americana ainda acumula perdas de 3,05% frente ao real em novembro.

Já o Ibovespa caiu 0,29% e chegou aos 126.165,64 pontos. No mês, porém, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) registra alta de 11,51%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

PIB dos EUA no 3º trimestre foi revisado para cima. A alta do dólar no Brasil e no exterior foi puxada principalmente pelos números atualizados da economia americana. O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos foi revisado e passou de 4,9% para 5,2% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2022, segundo o Departamento de Comércio.

Segue a expectativa pelos dados da inflação americana. Investidores ainda esperam pelo PCE, o índice de preços para gastos de consumo pessoal, que será divulgado amanhã (30). O dado é importante para o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) e pode dar alguma sinalização aos investidores sobre o futuro dos juros nos Estados Unidos.

Movimento de valorização do dólar é normal nesta época. Jefferson Rugik, presidente-executivo da Correparti Corretora, disse à Reuters que a alta do dólar é resultado de "compras corporativas das tradicionais saídas de moeda no final do ano", período em que empresas e fundos costumam enviar mais remessas de recursos para outros países.

Dia de otimismo após dados do PIB dos EUA virem acima do esperado, com alta de 5,2%, quando o consenso era de 5%. Os números impulsionaram as Bolsas americanas, e investidores começam a vislumbrar uma mudança na postura do Fed [BC americano] com um possível início da queda de juros por lá.
Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco

(*Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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