Conteúdo publicado há 5 meses

Dólar fecha a R$ 4,982 com mercado de olho no Congresso e nos juros dos EUA

O dólar fechou essa segunda-feira (05) em alta de 0,27%, cotado a R$ 4,982.

Já o Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), subiu 0,32% e encerrou o pregão aos 127.593,49 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Congresso Nacional realiza sessão de abertura do ano legislativo. No Brasil, o foco de investidores deve se voltar para a agenda do Congresso ao longo dos próximos dias, já que os parlamentares retomam suas atividades nesta segunda-feira (5) após recesso.

Reoneração da folha de pagamentos em pauta. O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, disse hoje, em entrevista à GloboNews, que o governo está disposto a discutir a reoneração da folha de pagamentos de 17 setores por projeto de lei, em meio a uma disputa entre a equipe econômica e o Legislativo sobre o tema.

A semana trará ainda a ata do último encontro do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central e os dados de janeiro do IPCA.

A alta do Ibovespa deve-se à falta de notícias e a um ajuste, avalia o economista Álvaro Bandeira. Segundo ele, uma direção oposta não o surpreenderia. "Não ficaria assustado se o Ibovespa bater os 124 mil pontos ou até mesmo, onde tem zona de suporte, mas a tendência é de alta".

Para Bandeira, o curto prazo é complicado. "Tem o Congresso retomando as atividades, o que é risco para ruídos. Amanhã terá a divulgação da ata do Copom, que pode sinalizar a história de preocupação com o déficit fiscal. É uma semana complicada, pois logo tem o carnaval e o feriado de uma semana na China", descreve. "O Ibovespa deve bater os 150 mil, 160 mil pontos em algum momento de 2024", estima.

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Mercado de olho nos EUA

Investidores digeriam novas falas do chair do Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos). Jerome Powell, em entrevista à emissora CBS, no domingo (4), reafirmou que um corte de juros em março não é o mais provável e citou riscos no curto prazo, como o quadro geopolítico.

Tom mais pessimista para os juros nos EUA. Powell declarou que deve ser "prudente" ao decidir quando reduzir a taxa básica de juros, uma vez que a economia forte permite às autoridades do banco tempo para criar confiança de que a inflação continuará caindo.

EUA têm aumento na abertura de vagas de emprego. Na última sexta-feira (2), dados mostraram que a economia norte-americana abriu 353 mil vagas de trabalho no mês passado, superando todas as expectativas. A mediana das projeções dos economistas consultados pela Reuters previa abertura de 180 mil postos de trabalho em janeiro, com as projeções variando de 120 mil a 290 mil.

Quanto mais tarde o Fed começar a reduzir os juros, mais o dólar tende a se beneficiar. Investimentos de renda fixa atrelados à moeda ficam mais atraentes em termos de rentabilidade. Ao mesmo tempo, sinais de resiliência da economia — como o robusto relatório de empregos de sexta — são argumentos a favor da visão de que o banco central dos EUA não encerrou sua luta contra a inflação e precisa esperar antes de afrouxar a política monetária.

(*Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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