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Dólar fecha cotado a R$ 4,955 após divulgação do PIB

O dólar fechou com leve queda de 0,36%, cotado a R$ 4,955, na primeira sessão mensal, nesta sexta-feira (1º), após divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Já o Ibovespa sofreu uma leve queda, de 0,12%, nesta sexta, aos 129.180,27 pontos, no terceiro pregão consecutivo com sinal negativo. Na semana, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) caiu 0,18%, enquanto o dólar registrou queda de 0,76% na medição semanal.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Brasil encerrou o ano de 2023 com crescimento de 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões. O resultado é quase estável em relação ao ano anterior, quando o PIB brasileiro teve alta de 3%.

Números ficaram acima do que esperavam os investidores. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado um sinalizador do PIB, tinha apontado expansão de 2,45% no ano. Com isso, o Brasil voltou ao grupo das 10 maiores economias do mundo, segundo levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating divulgada após o resultado do PIB.

Economia brasileira foi puxada principalmente pelo setor da agropecuária, que teve alta recorde de 15,1% entre 2022 e 2023. Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, isso se deve ao crescimento da soja e do milho, duas das lavouras mais importantes do país.

Apesar de crescimento no ano, PIB ficou estagnado no último trimestre. Houve variação de 0%, abaixo do esperado por especialistas, de 0,1%, segundo a agência Reuters.

Haddad ressaltou o papel do setor agro no PIB, mas cobrou mais investimentos para 2024. "É a forma mais saudável de crescer porque você não cria risco inflacionário. Aumenta a demanda de um lado, mas a oferta também", disse Fernando Haddad, ministro da Fazenda.

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Mercado também ainda digere divulgação dos dados de inflação dos Estados Unidos. Divulgados ontem (29), os dados mostraram que o índice de preços (PCE) subiu 0,3% em janeiro, ante ganho de 0,1% registrado no final do ano passado. Analisando os últimos 12 meses até janeiro, o PCE avançou 2,4%. Ambas as leituras ficaram em linha com a expectativa de economistas consultados pela Reuters.

Alguns participantes do mercado temiam os dados de inflação dos EUA. Parte dos investidores estavam receosos que os números subissem e adiassem ainda mais a projeção dos operadores para o início do afrouxamento monetário pelo Fed (Federal Reserve; banco central dos EUA). Porém, a leitura do índice de preços PCE veio em linha com o esperado, o que manteve as apostas para um primeiro corte de taxa em junho. Segundo alguns agentes financeiros, isso colaborava para a fraqueza do dólar nesta sessão.

(*Com Reuters)

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