Noivos abrem hamburgueria só no fim de semana para ajudar no casamento
A paixão pela cozinha e por testar novas receitas virou sinônimo de negócio para o casal de noivos Marina Alves Borges, 25, e Vanoni Parreira, 26, de Uberlândia (a 537 km de Belo Horizonte).
Os dois abriram uma hamburgueria caseira, a Dear Burger, há três meses com o objetivo de juntar dinheiro e comprar uma nova casa. No próximo ano, os dois vão se casar e buscaram no empreendedorismo uma fonte extra de recursos.
Ele é publicitário e ela, professora de educação infantil. Ainda trabalham em seus empregos, mas pretendem manter o negócio depois do casamento.
Hambúrguer só é feito nos fins de semana
O conceito é diferente: os hambúrgueres são feitos só aos fins de semana, Não há loja física. Trabalham só com entrega.
Há uma exceção: dois sábados por mês eles fazem uma "hamburgada” no quintal de uma casa da família. Atendem até 50 pessoas no dia. "Nossa ideia era fazer algo bem caseiro e um tanto rústico, diferente das tradicionais", diz Marina.
O evento tem até som ao vivo. Nesse dia, não há entregas, e os clientes ficam sabendo disso pelo Facebook. Os hambúrgueres custam entre R$ 14 e R$ 21,50.
O investimento inicial foi de R$ 4.000, dos quais, segundo o casal, mais de R$ 3.000 já retornaram para o caixa.
“Todo o retorno foi investido de volta. Acreditamos que até o final do ano, já teremos lucro”, diz Marina que cuida da parte financeira.
Cardápio reduzido
O cardápio da Dear Burger ainda é reduzido, com quatro sanduíches: cheeseburger, gorgonzola , cheddar e provolone. Cada “hamburgada” tem apenas um sabor. O motivo, segundo o casal, é a falta de recursos e pessoas para trabalhar na cozinha.
“Ainda estamos testando novos sabores, novas receitas. Fizemos um curso em São Paulo para saber como manusear a carne e os alimentos para que sabor fique ainda melhor. A expectativa é que até o fim do ano tenhamos mais dois sabores”, disse.
Faz-tudo
O casal faz tudo: compra dos ingredientes, decoração do ambiente da hamburgada, criação da marca.
“Eu sempre tive vontade de ter o próprio negócio. Sentei no computador e comecei minhas pesquisas para produção da identidade visual. Embora nosso negócio ainda seja pequeno, fiz um logo que remetesse a algo grande, que é o que queremos ser nos próximos anos”, diz Vanoni
Os dois pensam em continuar com o negócio mesmo após o casamento. Segundo eles, a ideia de ter um negócio próprio é o que mais os motiva a seguir em frente. “Queremos ampliar nossa capacidade de produção, fazer o próprio pão e um dia termos um grande negócio”, segundo Vanoni.
Restrição é ponto forte do negócio
O especialista em inovação e posicionamento estratégico da Consultoria Mentory, Gabriel Ferreira, avalia que a "hamburgada" com sabores restritos e um número máximo de participantes é uma forma de se posicionar no mercado, por dar uma experiência diferenciada.
O ponto negativo, segundo Gabriel Ferreira, é que, com o tempo o negócio pode ser ampliado, e a tendência é que gere escala. Com isso, a experiência que antes era restrita passa a se perder.
"Isso porque a demanda podei crescer, e o número de participantes também. Assim, ele não vai conseguir atender com a mesma atenção de antes."
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