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Franquias de turismo funcionam até em casa e custam a partir de R$ 5.400

Larissa Coldibeli

Colaboração para o UOL, em São Paulo

07/11/2016 06h00

Franquias de agências de viagem que trabalham em esquema home office (em casa), em salas comerciais ou em pequenas lojas chamam a atenção pelo baixo investimento inicial. Há opções a partir de R$ 5.400, caso da Ahoba Viagens. No entanto, é importante que o franqueado tenha talento para vendas e uma boa rede de contatos, segundo fontes do ramo ouvidas pelo UOL.

Veja abaixo os dados de quatro microfranquias de turismo, fornecidos pelas empresas:

Ahoba Viagens (em casa)

  • investimento inicial a partir de R$ 5.400 (custos de instalação + taxa de franquia + capital de giro)
  • faturamento médio mensal de R$ 30 mil
  • lucro médio mensal de R$ 3.000
  • retorno do investimento em até 12 meses

Flyworld (em casa)

  • investimento inicial a partir de R$ 17,8 mil (custos de instalação + taxa de franquia + capital de giro)
  • faturamento médio mensal a partir de R$ 30 mil
  • lucro médio mensal a partir de R$ 3.600
  • retorno do investimento em até 12 meses

CVC (loja)

  • investimento inicial a partir de R$ 45 mil (custos de instalação + capital de giro; não cobra taxa de franquia)
  • faturamento médio mensal não informado
  • lucro médio mensal de 5% a 12% do faturamento
  • retorno do investimento a partir de 24 meses

Global Study (sala em prédio comercial)

  • investimento inicial a partir de R$ 90 mil (custos de instalação + taxa de franquia + capital de giro)
  • faturamento médio mensal de R$ 120 mil
  • lucro médio mensal de R$ 21,6 mil
  • retorno do investimento entre 12 e 18 meses

Paulo Atencia, 56, fundador da Flyworld Viagens, diz que é possível para um leigo investir na área, pois a franquia oferece treinamentos para que ele entenda como funciona o mercado do turismo.

O trabalho na franquia em casa exige basicamente um computador e um telefone, diz ele. Porém, o franqueado precisa ser comunicativo e bem relacionado para buscar vendas em sua rede de contatos.

“É necessário ter espírito empreendedor, dedicar-se ao trabalho e gostar do segmento. Recomendamos também que o franqueado participe de eventos do setor para conhecer pessoas do mercado”, declara.

Viagem é gasto supérfluo na crise

A consultora especializada em franquias Ana Vecchi, da Vecchi Ancona, diz que não basta ter uma extensa rede de contatos. É necessário avaliar se são pessoas que consomem pacotes turísticos, especialmente em tempos de crise, em que gastos supérfluos são cortados.

“Hoje, as pessoas estão trocando os pacotes turísticos por viagem à casa de parentes, por exemplo, para economizar.”

Ela recomenda que o candidato à franquia avalie os treinamentos e o suporte oferecidos ao franqueado, o sistema utilizado pela agência para venda dos pacotes, a carteira de clientes já atendidos, quais são as empresas parceiras e pesquise se há queixas de clientes e parceiros em sites de defesa do consumidor, além de conversar com outros franqueados da rede.