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ANÁLISE

Veja os 20 melhores fundos de ações e multimercado de maio

Confira os fundos com melhores performances em maio e que vale ficar de olho em junho - Getty Images/iStockphoto
Confira os fundos com melhores performances em maio e que vale ficar de olho em junho Imagem: Getty Images/iStockphoto

PagBank Investimentos

07/06/2022 04h00

O mês de maio foi marcado pela continuidade das preocupações globais com a guerra na Ucrânia, inflação, juros globais e o lockdown da China. Mesmo assim, o Brasil conseguiu se destacar com um mercado mais positivo.

Nesse cenário, se destacaram fundos com estratégias mais focadas no mercado local, seja atuando em Bolsa de Valores ou juros. Além disso, fundos que atuam no mercado internacional, mas regulando sua exposição ao câmbio, também tiveram resultado bastante favorável.

Veja abaixo como o Brasil conseguiu se sobressair perante os mercados internacionais; e quais os 20 melhores fundos de ações e multimercado nesse período — e que são indicados para que o investidor fique de olho em junho.

Nos Estados Unidos, após a divulgação da ata do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) divulgada no final do mês de maio — reforçando que as elevações de 0,5 ponto percentual serão mantidas nas próximas reuniões —, houve um alívio quanto às expectativas de mercado mais pessimistas, que esperavam um aperto maior.

Com isso, o S&P500, o principal índice da Bolsa americana, fechou o mês próximo da estabilidade, com uma alta de 0,01%.

Já o Brasil teve alguns pontos positivos no mês. Além do avanço na privatização da Eletrobras e uma queda de 3,9% do dólar americano, a reabertura parcial da China impulsionou a demanda por commodities (matérias-primas), favorecendo o Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3).

Dessa forma, o índice fechou o mês de maio em 111.350 pontos, o que representa uma alta de 3,2% — um leve alívio após uma queda de 10% no mês de abril.

Melhores fundos multimercado

No cenário posto, se destacaram os fundos com posições direcionais no mercado brasileiro, principalmente aqueles que souberam operar o mercado de commodities e que tiveram menor exposição às ações consideradas caras pelo indicador P/L (preço sobre lucro).

Fonte: Quantum Axis

Fundo Claritas Long Bias: +4,2%

Para o Claritas Long Bias, fundo que rendeu 4,2% em maio, o gestor afirma:

"O Claritas Long Bias subiu 4,22% em maio e acumula alta de 14,95% no ano.

O fundo busca alinhamento entre os cenários macro e microeconômicos e segue com investimentos nas teses de:

  1. Commodities, segmento que tem sido beneficiado pelo baixo investimento global estrutural em novas capacidades de produção;
  2. Empresas de valor, onde buscamos empresas sólidas que negociam com múltiplos descontados e suas ações apresentam grande margem de segurança; e
  3. Empresas com crescimento secular, que proporcionam exposição a setores com amplo espaço de expansão.

Na tese de commodities, as posições em Petrobras (PETR3/PETR4), Vale (VALE3) e Gerdau (GGBR3/GGBR4) foram os destaques positivos. As empresas divulgaram resultados sólidos para o primeiro trimestre do ano com geração de caixa acima do esperado e fortes programas de remuneração ao acionista, seja via dividendos ou via recompra de ações. Além disso, a tendência segue para resultados positivos nos próximos trimestres e entendemos que o mercado deve ajustar suas expectativas para essas empresas.

Entre as empresas de valor, a CPFL Energia (CPFE3) foi um destaque positivo em maio, com seu perfil defensivo e capacidade de repassar inflação na sua receita. Além disso, a empresa divulgou bons resultados para o primeiro trimestre com distribuição de fortes dividendos.

Na tese de crescimento secular, a Vamos (VAMO3) contribuiu positivamente para o fundo e segue apresentando forte crescimento. Seu resultado operacional do primeiro trimestre cresceu 77% em relação ao ano passado, e seus novos contratos indicam forte crescimento para os próximos trimestres.

A Hapvida (HAPV3) foi um destaque negativo com a divulgação de um resultado abaixo das expectativas do mercado, impactado por efeitos da covid-19 e fraco crescimento.

Outra estratégia que trouxe resultado positivo foi o livro de posições vendidas em ações que negociam com múltiplos altos. Essas são empresas com fortes expectativas de resultados, mas que vêm apresentando números operacionais abaixo das expectativas e seguem pressionadas pelo cenário macroeconômico adverso a esse perfil de investimento."

Fundo Garín Cíclico: +3,3%

Já no caso do Garín Cíclico, fundo que rendeu 3,3% em maio, o gestor declara:

"O Garin Cíclico LB é um fundo multimercado que procura gerar retorno arbitrando o mercado global de commodities. Investimos em commodities e ações das empresas produtoras, sempre com uma carteira long (comprada) e uma short (vendida). A carteira short tem a função de hedge (proteção), e estratégia de valor relativo (pair tradings).

O mês foi marcado pelo aumento das incertezas e queda da expectativa de crescimento devido à intensificação do aperto monetário nos EUA e forte desaceleração na China, decorrente do lockdown de Shangai e Pequim.

Mesmo com o ambiente desafiador, o fundo Garín Cíclico Long Biased MM apresentou rentabilidade de 3,27% frente aos 1,03% do CDI e 3,22% do Ibovespa no mesmo período. Em 2022, o retorno acumulou 5,16% frente aos 4,34% do CDI e 6,23% do Ibovespa. A maior parte do retorno do portfólio no mês foi gerada pelos setores de metais e energia.

Os estoques das commodities continuaram caindo mesmo com deterioração da expectativa de crescimento econômico e redução de demanda decorrente do lockdown na China, mostrando persistência do déficit entre oferta e demanda.

Alguns mercados poderão ficar deficitários no segundo semestre de 2022 (2S22), dependendo da intensidade da recuperação sequencial na demanda decorrente dos incentivos fiscais e monetários injetados pelo governo chinês e reabertura da economia.

Apesar da visão positiva para as commodities como classe de ativos, cada uma delas se encontra em momentos distintos. Preferimos exposição em energia (refinarias, gás natural e GNL), metais com demanda sensível aos investimentos em infraestrutura e descarbonização (alumínio, cobre, níquel, platina, paládio e ródio), e siderurgia (em regiões com perspectiva econômica e pricing power favoráveis)."

Veja como a grade de fundos do PagBank pode te ajudar a alcançar seus objetivos

Melhores fundos de ações

Em um mês positivo para o mercado acionário brasileiro se destacaram fundos com posições em commodities e empresas com boa qualidade de resultados financeiros.

Fonte: Quantum Axis

Fundo Alaska Black: +12,4%

O gestor do Alaska Black, que fechou o mês com retorno de 12,4%, diz:

"Em 2022, a carteira de ações tem se beneficiado da alocação de capital em empresas com operações relacionadas às commodities, com destaque para os setores de óleo/gás e papel e celulose. Esse é um movimento que iniciamos no final de 2020 e continuou também ao longo de 2021.

No caso do Alaska Black BDR, também contribuiu positivamente para o retorno do mês a posição vendida em dólar contra o real e a posição comprada em Bolsa de Valores local via opções.

Avaliamos nossas estratégias em prazos mais longos, e para nossa estratégia pura de ações, representada pelo fundo Alaska Black Institucional FIA, o prazo de cinco anos já é o suficiente para começarmos a analisar os resultados do fundo com olhares mais críticos.

No caso do Alaska Black BDR, por incluir outras estratégias complementares ao investimento em ações, recomendamos a avaliação em prazos ainda mais longos do que cinco anos — de preferência, prazos condizentes com os ciclos de longo prazo da Bolsa em dólares."

Fundo Trígono Delphos: +8,7%

No caso do Trígono Delphos, que rendeu 8,7% em maio, os gestores afirmam:

"O contexto internacional para as Bolsas de Valores foi conturbado, devido à continuidade de temas como alta de preços vistos pela última vez há 40 anos, risco de crescimento menor e um Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) mais atuante para manter a inflação sob controle diante de um mercado americano com forte nível de empregos.

O início do mês de maio foi marcado pela sinalização do Fed de mais dois aumentos de juros, além da subida de 0,5% no próprio mês. Este deve ser um dos principais fatores que podem impactar os mercados globais nos próximos meses.

O conflito entre Ucrânia e Rússia é outro fator de tensão para os setores de energia, que devem continuar apertados em termos de oferta e com patamares de preços do petróleo ainda elevados.

Outro fator de incerteza para as economias globais foi o lockdown da China, que gerou incertezas sobre a meta de crescimento almejada pelo gigante asiático.

Mas, ao que tudo indica, o pior ficou para trás e há uma expectativa de busca por crescimento nos próximos trimestres. Dessa forma, deve-se observar uma retomada das atividades manufatureiras e de serviços. Os fins dos lockdowns na China também devem aliviar a pressão sobre a cadeia de suprimentos.

A Trígono seguiu sua estratégia de alocação em posições do setor de siderurgia, capturando preços elevados de ferroligas, e que é desafiado por questões energéticas. Esta alocação contribuiu com 4,67% do resultado do fundo Delphos.

A segunda maior posição da gestora no setor industrial também teve bom desempenho, este explicado principalmente pelo retorno da lucratividade e capturas de sinergia.

Cabe destacar que foram abertas novas posições no fundo em empresas com bom nível de distribuição de dividendos e que devem trazer mais alfa via proventos.

A gestora segue confiante na sua estratégia de alocação para os próximos trimestres, já que possui empresas robustas para este cenário mais inflacionário."

Conheça aqui os fundos disponíveis do PagBank

Os fundos foram classificados utilizando dados de mercado fornecidos pela Quantum Finance. Foram considerados fundos para investidores em geral, de gestão ativa com mais de R$ 50 milhões de patrimônio líquido, investimento mínimo até R$ 5.000 e mais de 100 cotistas.

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