Nem toda tempestade vem para destruir, algumas vêm para limpar. Limpar as crenças e os tabus que a gente vai acumulando ao longo da vida e que não servem mais. E a forma como essa limpeza acontece na maioria das vezes é pela dificuldade, pela crise. A crise nos traz um desconforto muito grande, nos deixa ansiosos e preocupados, nos provoca a pensar alternativas.
No caso das mulheres, momentos de crise despertam em nós um senso prático de ação. É claro que isso varia de acordo com a personalidade de cada uma, porém o senso de sobrevivência é instintivo nas mulheres. A pandemia mostrou isso, estatísticas mostram que as mulheres puxaram a frente e empreenderam muito para pagar as contas.
Em 2022 havia cerca de 10 milhões de mulheres empreendedoras no Brasil! Contudo, a maior proporção de negócios abandonados ou fechados também é delas. A dupla jornada, com responsabilidades em casa e com os filhos, é parte da explicação.
Mas também é preciso considerar a falta de planejamento e organização financeira. A Pesquisa Anual de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mostra que o perfil da pessoa endividada no Brasil é de uma mulher, com menos de 35 anos e ensino médio incompleto, moradora das regiões Sul ou Sudeste, cuja família recebe até dez salários mínimos.
Mudar a realidade do endividamento é iniciar um processo de transformação, e isso requer disciplina e persistência. Compartilho algumas dicas de atitudes e comportamentos que podem contribuir para essa transformação.
1) Use sua criatividade e capacidade de resolução de problemas. Essas são habilidades que as escolas pouco nos ensinaram, mas que as pessoas muito precisam em suas vidas pessoais e profissionais. Habilidades como cozinhar, desenhar ou mesmo algum hobby podem virar fonte de renda extra.
Uma ferramenta frequentemente utilizada para planejamento estratégico é a matriz swot, também conhecida por Fofa. Trata-se de listar seus próprios pontos fortes e fracos, e mapear oportunidades e ameaças do ambiente às quais estamos sujeitas.
Use o Fofa na sua vida pessoal, encare seus pontos fortes e aqueles que você precisa melhorar. Analise o ambiente e observe o que pode ser uma oportunidade para você. Essas listas irão trazer clareza para a definição do seu planejamento financeiro.
2) Não espere quitar todas as dívidas para começar a guardar algum dinheiro. A dívida geralmente inicia quando os recursos disponíveis não são suficientes para cobrir as despesas. Assim, se a pessoa endividada destinar todos os seus recursos para sobrevivência e pagamento das dívidas exclusivamente, qualquer imprevisto que aconteça irá aumentar mais ainda seu endividamento.
Para essas pessoas, o que precisa ser feito é começar a guardar uma reserva de emergência. Um pouquinho de dinheiro, de forma recorrente, evitará aumentar a dor de cabeça mais adiante.
3) Economize! Guarde! Invista! Use racionalmente os recursos disponíveis: nem tudo, nem nada. Muitas pessoas alegam "não sobrar dinheiro para guardar", mas o que acontece, na maioria das vezes, é que usamos o valor economizado para realizar novas necessidades e desejos. Assim, nunca irá sobrar dinheiro para guardar.
Faça um ajuste nas contas e, entre o pagamento das obrigações mensais e as novas despesas, inclua a conta reserva, que neste caso é mais adequado chamar de oportunidade.
Seja para o futuro ou simplesmente para ter um dinheiro guardado para imprevistos e emergências, ter uma reserva de oportunidade é sinônimo de segurança e tranquilidade.
Mas guardar dinheiro no bolso do casaco esquecido no roupeiro, no pote de mantimentos na cozinha ou mesmo na caderneta de poupança atualmente pouco adianta. A inflação de hoje em dia faz com que esse valor perca capacidade de compra, pois os produtos e serviços estão cada vez mais caros.
Então, o jeito é investir essa reserva em algum produto que acompanhe o rendimento da taxa de juros Selic ou, no mínimo, pague 100% do CDI.
Esse valor não precisa ser alto. Mais importante do que ser alto é que seja recorrente, afinal, "de grão em grão, a galinha enche o papo". Será esse pequeno valor, aplicado de modo recorrente, que mudará sua cultura financeira e trará mais tranquilidade para a sua vida.
As dicas são simples, mas não espere que a mudança também seja. Mudar nunca é simples. O segredo para qualquer mudança é a disciplina e a persistência. O maior presente que você pode dar a si mesmo e às pessoas que você ama é a auto-transformação. É a partir do trabalho interno que você muda, e ao mudar você transforma tudo à sua volta.
Para te ajudar, o PagBank lançou o poupar automático. Você mesma programa a porcentagem (1% a 100%) e a periodicidade (diária, semanal ou mensal) que deseja que o saldo da sua conta ou o faturamento da sua empresa seja automaticamente investido em CDB. E você pode resgatar, cancelar ou ajustar o valor da aplicação na hora que quiser. Com um valor pequeno, sem impacto na sua rotina, comece agora a construir sua tranquilidade do futuro.
Hoje, às 19h45, você tem um encontro marcado para continuar essa conversa. Letícia Braga, gerente de educação financeira do PagBank, e Mari Ferreira, autora do livro "Tostão Furado - Do Zero à Liberdade Financeira" e criadora de Conteúdo no Tostão Furado (Instagram) realizarão a live "De devedora a investidora". Venha tirar suas dúvidas e começar sua transformação.
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