Ação subiu 217% em 2020; quais brilharam na Bolsa e o que esperar em 2021
Depois de desabar quase 50% no primeiro trimestre, o Ibovespa conseguiu se recuperar e fechou 2020 em alta de 2,92%. O índice representa o desempenho médio das maiores e mais negociadas companhias listadas no país.
Mas há outros índices e ações que têm vida própria, e muitos deles subiram bem mais que o Ibovespa, chegando a disparar 217%.
Veja as 20 ações que mais subiram em 2020 em um levantamento da casa de informações financeiras Economatica. Foram considerados papéis com negociação média diária de pelo menos R$ 5 milhões.
Por que subiram tanto? Vão continuar em alta?
Setor favorecido durante a crise e momento positivo para a empresa são alguns dos motivos para a alta desses papéis, segundo profissionais de mercado.
O UOL ouviu Roberto Indech, estrategista-chefe da Clear Corretora, Betina Roxo, estrategista-chefe da Rico Investimentos, Erminio Lucci, CEO da BGC Liquidez Corretora, Alexandre Sabanai, sócio-gestor da Perfin Asset, Rodrigo De Losso, professor da USP (Universidade de São Paulo), Felipe Coelho, sócio e integrante da mesa de renda variável da Inove Investimentos e Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos.
Veja o que eles dizem sobre 14 papéis e quais as perspectivas para eles em 2021.
A empresa de telecomunicações atravessa uma fase complicada, tentando escapar da falência em meio a um pedido de recuperação judicial, explicou o estrategista-chefe da Clear Corretora, Roberto Indech.
Mas a companhia tem muitos ativos, e a expectativa de que uma concorrente local ou estrangeira adquira esse negócio alimentou o forte ganho do papel. A Oi, então, pode seguir se valorizando, até porque a ação está muito barata —menos de R$ 3—, mas qualquer notícia negativa também pode afundar a ação. Ou seja, é uma aposta especulativa.
O mesmo vale para a Eternit, fabricante de materiais de construção, também em recuperação judicial e com ação negociada na casa de R$ 13.
A Weg, empresa especializada na fabricação e comercialização de motores elétricos, transformadores, geradores e tintas, é destaque pela gestão da companhia, que tem sido capaz de multiplicar as vendas e os lucros nos últimos anos, dizem analistas. Por isso, a capacidade de repetir a dose de valorização em 2021 não deve ser descartada, mesmo após o forte ganho em 2020.
A Weg é uma empresa que tem ótimo histórico de gestão, é exemplar. Vem subindo graças à sua entrega de resultados, e à diversificação de portfólio e de receitas.
Roberto Indech, estrategista-chefe da Clear Corretora
A fabricante de armas também é destaque pela gestão, dizem analistas, mas tem um grau de incerteza maior em termos de valorização, pois atua em um setor mais regulado. Além disso, possui um endividamento maior.
A líder do varejo é destaque pela capacidade de vender tanto em lojas físicas como no meio digital, dizem profissionais de mercado. Em 2020, mostrou que está pronta para atender uma nova e crescente demanda pelos canais digitais. Ou seja, a ação da empresa subiu em 2020 por causa de seus próprios méritos de administração, mas também pelo aumento das compras online. Por isso, pode repetir o feito em 2021.
Magazine Luiza é um exemplo de como as perspectivas seguem favoráveis para o longo prazo. É uma empresa com bom time, estratégia bem definida e uma boa combinação de loja física e loja digital.
Betina Roxo, estrategista-chefe da Rico Investimentos
O banco digital de certa forma também se aproveitou dessa maior demanda nos canais digitais, dizem analistas. Mas para 2021 o potencial de ganhos tende a ser menor por causa do setor em que atua, com uma expectativa de muito mais competição.
CSN, Usiminas, Unipar, Petrorio, Suzano, Klabin, Marfrig, Bradespar
Todas essas empresas surfaram na onda da valorização das commodities no mundo, seja no mercado de metais ou no de grãos e alimentos. A expectativa para 2021 é de que esse movimento continue, portanto o potencial de valorização desses papéis permanece para este ano.
Mas o tamanho desse ganho depende de cada empresa —e do segmento em que ela atua. De maneira geral, as projeções para os metais são mais otimistas que para os grãos, dizem analistas. Por isso, empresas do setor de mineração podem ter maior potencial de valorização.
Claramente esse movimento tem a ver com a retomada global do setor de commodities, puxado por minério de ferro, com destaque para a demanda da China.
Erminio Lucci, CEO da BGC Liquidez Corretora
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