Poupança supera dólar e fundos imobiliários em maio; confira
Resumo da notícia
- Ibovespa bate recorde de pontos ao sustentar tendência positiva que vem desde abril
- Dólar recua ante real e retorna a cotações de janeiro deste ano
- Veja cenários de profissionais de mercado para os mercados em junho
Pelo segundo mês seguido, alguns dos principais ativos brasileiros no mercado de investimentos tiveram desempenho positivo. O Ibovespa, principal índice de ações no Brasil, emendou a terceira alta mensal em 2021, batendo recorde histórico de pontuação em termos nominais. Já o real teve a segunda valorização em relação ao dólar.
O desempenho da Bolsa foi influenciado pela divulgação de balanços de resultados de algumas grandes companhias com peso no Ibovespa, que vieram acima do que era projetado pelos analistas, disseram profissionais de mercado. A valorização das matérias-primas no mercado global continuou favorecendo algumas grandes exportadoras do país que também respondem por uma parte significativa do Ibovespa.
Apesar da disparada da Bolsa, o destaque ficou com a poupança, que superou dólar e o índice de fundos imobiliários da Bolsa (Ifix) em maio. Confira como ficaram os investimentos no último mês.
Como ficaram os investimentos em maio
- Ibovespa: +6,16%
- Ouro: +3,44%
- Poupança: + 0,16%
- Ifix: -1,57%
- Dólar: -3,81%
Como ficaram os investimentos no acumulado de 2021
- Ibovespa: +6,05%
- Dólar: +0,70%
- Poupança: + 0,67%
- Ouro: 0%
- Ifix: -1,89%
Por que a Bolsa subiu tanto?
Desde abril a gente já via uma melhora nos ativos brasileiros, a partir da definição do Orçamento do governo federal que reduziu o grau de incertezas dos investidores. Em maio, o mercado começou a olhar mais para o desempenho das empresas e dos setores da economia. E como os resultados das empresas no primeiro trimestre vieram muito bons e ainda vimos negócios de investimentos entre empresas, isso tudo ajudou a Bolsa.
Roberto Attuch, CEO e fundador da casa de análises Ohmresearch
Dentre as ações que mais subiram em maio, o destaque ficou com papéis do setor elétrico. As ações da gigante estatal Eletrobras subiram quase 30% no mês depois que a companhia entrou no radar dos investidores com a expectativa de privatização da companhia.
A termelétrica Eneva apresentou a maior alta do Ibovespa em maio, com valorização de 25,8% no mês. O setor ganhou espaço por causa da possibilidade de as usinas térmicas serem acionadas agora no período de estiagem para suprir a necessidade de energia.
Outro destaque na Bolsa que influenciou o Ibovespa foi o movimento de investimentos por aquisições. Papéis que fecharam o mês na lista dos mais valorizados, como Hering e BRF, que subiram 20% e 24% em maio, respectivamente, estiveram no centro de operações de consolidação que foram bem recebidas pelos investidores.
O setor de energia teve uma participação bem expressiva no mês. Os varejistas físicos e administradoras de shopping centers também se destacaram, surfando o otimismo quanto ao avanço da campanha de vacinação e da reabertura econômica mais à frente.
Iago Souza, analista de investimentos da Warren
Dólar segue em queda
Já no mercado de câmbio, o dólar teve a segunda desvalorização mensal ante o real. Segundo profissionais de mercado, essa tendência começou a ser formada depois que o Banco Central começou a elevar a taxa básica de juros no país, a Selic (que hoje está em 3,5% ao ano). Isso tornou os investimentos no mercado financeiro brasileiro mais atraentes para os investidores de fora.
E a valorização das matérias-primas ajudou as exportadoras brasileiras a vender mais para o exterior e, assim, trazer mais dólares para o país.
Cenário para junho
Segundo profissionais de mercado, o ciclo de valorização das commodities vai seguir influenciando positivamente a Bolsa e ajudando a conter o avanço do dólar frente ao real.
O Ibovespa está sendo negociado com desconto em relação ao histórico se considerarmos a relação entre preço da ação e lucro das empresas, mesmo considerando a valorização das commodities, porque não faz sentido considerar um Brasil sem commodities. Existe forte correlação entre Brasil e commodities.
Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP
O risco para o mercado brasileiro continua sendo um agravamento da pandemia que leve a novas medidas de restrições em grandes cidades com peso na economia.
O momento é positivo para a Bolsa brasileira. O ponto de atenção aqui vai para uma possível terceira onda da covid-19 no inverno do hemisfério Sul.
Iago Souza, analista de investimentos da Warren
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