Caiu a restituição do Imposto de Renda? Veja onde investir seu dinheiro
O primeiro lote da restituição do Imposto de Renda vai ser pago nesta segunda-feira (31). De acordo com a Receita Federal, cerca de 3,4 milhões de contribuintes serão restituídos. Ao todo, serão cinco lotes, sendo o último deles previsto para 30 de setembro.
Se você está na lista de quem vai receber o dinheiro, leia este texto antes de usar a sua restituição. O UOL conversou com especialistas em finanças pessoais para saber qual é o caminho mais recomendado para você usar o dinheiro do Imposto de Renda. Não importa como está a sua vida financeira agora, os especialistas indicaram caminhos até para quem tem dívidas. Se não é o seu caso, esse pode ser o seu momento de começar a investir.
Confira abaixo os caminhos apontados pelos especialistas.
Primeiro passo é pagar dívidas
Caso você tenha dívidas, o ideal é que utilize a restituição do IR para quitar total ou parcialmente o débito.
Antes de mais nada, é preciso entender o impacto do valor da restituição na dívida: vai quitar? Vai melhorar o mês a mês? Se uma das duas perguntas for sim, vale a pena usar e ter o fluxo de caixa otimizado. Mas se não for impactar de forma significativa, a restituição pode ir para a reserva de emergência para evitar futuros imprevistos.
Gustavo Dias, planejador financeiro e cofundador da Duoo Finanças Pessoais
"Aconselho a analisar as dívidas que mais pesam no fluxo de caixa, primeiramente, ou aquelas com taxa de juros mais elevada", pontua a planejadora financeira Fernanda Prado.
Hora de planejar a reserva de emergência
Se você não tem dívidas, a restituição pode ser a sua oportunidade para investir. O primeiro passo, segundo os especialistas, é construir a sua reserva de emergência —valor que representa de seis a 12 meses dos seus gastos médios mensais.
Criar a reserva de emergência tem de ser a primeira opção de quem não tem uma, já que não dá para prever os próximos meses. Sou adepto a ter pelo menos seis meses do seu salário líquido em reserva de emergência.
Gabriel Tadeu, analista de produtos da CM Capital
O profissional recomenda, para a reserva de emergência, investimentos que tenham liquidez imediata ou de, no máximo, 10 dias.
O tipo de investimento varia de cada perfil, mas, via de regra, aplicações que rendam 100% do CDI ou Tesouro Selic podem ser boas opções para a reserva de emergência. "LCI e LCA são bem conhecidas, interessantes, sobretudo para quem está fazendo reserva. E há garantia do Fundo Garantidor de Crédito, o que dá mais segurança", afirma Tadeu.
Já tenho reserva de emergência. E agora?
O melhor dos mundos é quando não há dívidas e a reserva financeira já está estabelecida. Assim, a restituição do IR surge no horizonte como uma oportunidade de aumentar seus investimentos. Mas onde aplicar o dinheiro?
Tudo vai depender do perfil e do objetivo de cada pessoa.
Segundo Dias, da Duoo, para os objetivos de curto prazo vale colocar o dinheiro da restituição em renda fixa, como títulos do Tesouro e CDBs. Já para os objetivos de longo prazo, ele recomenda aumentar a exposição nos investimentos que oscilam e rendem mais, como ações e fundos imobiliários.
Se é um objetivo de curto prazo, opções de ativos com alta liquidez ou curto prazo atenderão bem. Já para o longo prazo, como um planejamento de aposentadoria, o ideal é diversificar os investimentos. Fazer uma análise de perfil de investidor é um passo inicial para entender a diversificação recomendada, alocando em diferentes classes de ativos, como renda fixa, multimercado e renda variável.
Fernanda Prado, planejadora financeira
Também é importante diversificar entre as ações, dando atenção a setores mais perenes, como financeiro e elétrico, e outros com grande chance de crescimento como o varejo. Assim também para os fundos imobiliários. Diversificar em papel, logística, agro, redes de supermercado e saúde. O mercado é amplo, dá para compor a carteira de várias formas e se dar bem.
Gustavo Dias, da Duoo
Quanto preciso para começar a investir?
Não é preciso uma quantia exorbitante para começar a investir. Ao contrário. "Existem produtos em que a pessoa consegue investir a partir de R$ 1. É claro que a rentabilidade não é muito expressiva, mas é um primeiro passo", afirma Gabriel Tadeu, da CM Capital. "Para ter mais rentabilidade, o ideal é o que o investimento seja a partir de R$ 100", completa.
Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
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