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Magalu dispara 8% na Bolsa; mas com sobe e desce frequente, vale investir?

Lu, do Magazine Luiza - Reprodução
Lu, do Magazine Luiza Imagem: Reprodução

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, de São Paulo

29/03/2022 12h14

Uma das ações com maiores altas nesta terça-feira (29) é a da varejista Magazine Luíza (MGLU3), com valorização de 8,81% por volta das 11h50 (horário de Brasília), atingindo R$ 7,04. No acumulado do ano, porém, o desempenho do papel é bom, mas mais tímido que o pico de hoje: alta de 4,32%.

Então, será que vale a pena investir em ações da Magalu? Confira abaixo a opinião do especialista.

"Nossa recomendação é neutra para a maioria das empresas de varejo, devido à volatilidade [oscilação] muito alta dos preços desses ativos", diz o chefe de renda variável da Messem, William Teixeira.

Magalu, segundo ele, é um papel que se tornou muito arriscado recentemente devido ao frequente sobe e desce.

"Essas ações vêm subindo há alguns dias", afirma Teixeira. Ele declara que a alta de hoje da varejista é resultado da sinalização do BC (Banco Central) de que deve subir a taxa básica de juros, a Selic, menos do que o esperado.

O BC indicou que fará só mais um aumento na Selic, de um ponto percentual, enquanto o mercado esperava alta ainda maior. Juros mais altos encarecem o crédito. Portanto, subir menos os juros é melhor para o consumo de bens duráveis, como eletrodomésticos e outros itens.

"Fora que essas ações estavam muito defasadas [baratas] em relação ao restante do mercado, por isso sobem agora", afirma.

As empresas de varejo —principalmente a Magalu— costumam estar entre os papéis favoritos do investidor pessoa física. E é diante desse aspecto que Teixeira faz um alerta.

"[Quem investe em Magalu] tem o perfil de investidor de quem não tem paciência", afirma o analista. Para ele, ao menor sinal de que algo pode acontecer —ou quando algum influenciador do mercado diz qualquer coisa negativa —esse investidor vende a ação a qualquer preço —e é por isso que há tanta oscilação dos preços.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Uma versão anterior deste texto informava incorretamente que juros mais altos favorecem o crédito. Na verdade, juros mais altos são negativos para o crédito, porque ele fica mais caro. A informação foi corrigida.