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Que fundos imobiliários mais renderam no último ano? E em 10 anos?

Gabriela Bulhões

Colaboração para o UOL, em São Paulo

02/10/2022 04h01

Durante os meses em que a inflação atingiu patamares históricos, os fundos imobiliários - ainda mais os de papel - chamaram a atenção pelo aumento nos rendimentos mensais pagos aos investidores. Como faltam três meses para terminar o ano, chegou o momento de reavaliar a sua carteira de investimentos.

Isso é importante para saber se faz sentido continuar aplicando o seu dinheiro em tal ativo ou não, principalmente em um cenário econômico que aguarda fortes emoções. Com isso, há fundos imobiliários que saíram na frente e garantiram bons retornos, então vale a pena dar uma olhada se são produtos que se encaixam ao seu perfil de investidor.

Veja abaixo quais fundos mais renderam nos últimos 12 meses até agosto e em 10 anos, de acordo com o levantamento feito para o UOL pelo PagBank PagSeguro.

O relatório de análise foi realizado pelo analista certificado Márcio Loréga, do PagBank PagSeguro, e foram levados em consideração somente FIIs que integram o Ifix e que ainda negociam na Bolsa de Valores. O retorno considerado foi o Retorno Total (variação da cota + proventos) e sem valor mínimo, por não ser aplicado nesse tipo de investimento.

Mas o que são fundos imobiliários? São investimentos vistos como a forma mais simples e barata de aplicar no setor, sem precisar comprar um imóvel ou se preocupar com condomínio. Um fundo imobiliário é uma espécie de grupo de investidores com recursos aplicados em conjunto no mercado imobiliário.

O dinheiro pode ser usado na construção ou na aquisição de imóveis, hospitais, shoppings, galpões de logística entre outros. E os ganhos obtidos são divididos entre os participantes, na proporção em que cada um aplicou, por exemplo.

Como posso investir? Fundos imobiliários estão disponíveis em aplicativos de corretoras e bancos na parte de home broker.

A Anbima classifica os fundos imobiliários de acordo com o tipo de aplicação e estratégia de investimento que adotam. Os mais famosos são os fundos de tijolo (ou de renda) e fundos de papel (ou de recebíveis). Depois de escolher, você precisa de uma conta ativa em uma corretora para acessar a plataforma e buscar o FII pelo código de negociação e, em seguida, enviar ordens de compra para ter as cotas. Além disso, é o gestor quem decide que investimentos serão feitos com o dinheiro aplicado.

Qual é o risco de investir? São investimentos regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e B3. Por mais que isso já dê mais segurança, não exime de riscos. Tudo que pode causar impacto nos imóveis se reflete no fundo. Uma crise econômica pode reduzir a circulação de pessoas em imóveis comerciais, por exemplo, e o home office pode impactar fundos que investem em prédios de escritórios.

Outro ponto que preocupa os investidores é quando há falta de liquidez para negociações na Bolsa.

Preste atenção: Diversificar o seu portfólio é o conselho mais popular dentro do mercado financeiro para diminuir a chance de tomar prejuízo. Por isso, na hora de escolher onde aplicar, preste atenção se os fundos possuem alguma taxa inclusa, como a taxa de administração ou taxa de performance, porque isso pode mudar a sua rentabilidade total. É importante também estar ciente de que retornos passados não são garantia de rentabilidade futura, então, não há como prever que esse retorno se repetirá.

Quais fundos mais renderam no último ano?

Em relação aos últimos 12 meses até agosto, o desempenho do ranking dos fundos imobiliários se altera, principalmente pela recuperação da pandemia que impactou a circulação das pessoas e a ocupação dos imóveis. Portanto, alguns rendimentos foram afetados e outros conseguiram se manter firmes e fortes.

Compensaram a inflação? Relacionado com a inflação acumulada nos últimos 12 meses medida pelo IPCA de 9,65%, os investidores podem comemorar com o rendimento positivo. A diferença aumenta ao comparar com o índice Ibovespa no mesmo período, que foi de -15,03%, ou seja, todos os fundos imobiliários renderam muito mais.

1 - AFHI11

  • Retorno em 12 meses - 27,42%
  • Taxa administrativa - 1% ao ano
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

2 - RZTR11

  • Retorno em 12 meses - 25,96%
  • Taxa administrativa - 1,25% ao ano sobre o PL do fundo
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

3 - VGHF11

  • Retorno em 12 meses - 25%
  • Taxa administrativa - 0,90% ao ano sobre o PL do fundo
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

4 - VGIR11

  • Retorno em 12 meses - 24,79%
  • Taxa administrativa - 0,20% ao ano sobre o PL do fundo (mínimo de R$25 mil/mês)
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

5 - KNCR11

  • Retorno em 12 meses - 22,71%
  • Taxa administrativa - 1,08% ao ano
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

6 - MALL11

  • Retorno em 12 meses - 20,48%
  • Taxa administrativa - 0,5% ao ano
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

7 - SADI11

  • Retorno em 12 meses - 19,99%
  • Taxa administrativa - 1% ao ano
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

8 - TRXF11

  • Retorno em 12 meses - 18,54%
  • Taxa administrativa - 1% ao ano sobre PL do fundo
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

9 - KNRI11

  • Retorno em 12 meses - 18,45%
  • Taxa administrativa - 1,25% ao ano
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

10 - LVBI11

  • Retorno em 12 meses - 18,31%
  • Taxa administrativa - 1,30% ao ano sobre o PL do fundo
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

Quais fundos de ações mais renderam nos últimos 10 anos?

Pensando em um prazo ainda maior, o levantamento também reuniu os melhores fundos imobiliários dos últimos 10 anos e com a mesma metodologia aplicada aos investimentos. O período analisou a performance de 2011 a 2021.

Além disso, a inflação acumulada medida pelo IPCA foi de 73,12%, então, o rendimento dos ativos foi muito superior.

1 - HGLG11

  • Retorno em 10 anos - 316,89%
  • Taxa administrativa - 0,6% ao ano sobre valor de mercado de negociação em bolsa do fundo
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

2 - VRTA11

  • Retorno em 10 anos - 285,62%
  • Taxa administrativa - 1,0% ao ano sobre o PL do fundo
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

3 - NSLU11

  • Retorno em 10 anos - 200,04%
  • Taxa administrativa - 2,50% sobre o total da receita mensal
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

4 - BTLG11

  • Retorno em 10 anos - 181,03%
  • Taxa administrativa - 0,9% ao ano sobre o valor de mercado
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

5 - HGBS11

  • Retorno em 10 anos - 177,78%
  • Taxa administrativa - 0,6% ao ano sobre o valor de mercado das cotas
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

6 - HGCR11

  • Retorno em 10 anos - 140,30%
  • Taxa administrativa - 0,8% ao ano sobre o valor de mercado
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

7 - HGRE11

  • Retorno em 10 anos - 135,47%
  • Taxa administrativa - 1,0% ao ano sobre PL
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

8 - RCRB11

  • Retorno em 10 anos - 135,26%
  • Taxa administrativa - 0,7% ao ano sobre o valor de mercado
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

9 - BRCR11

  • Retorno em 10 anos - 131,39%
  • Taxa administrativa - 0,25% do valor de mercado
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

10 - BCFF11

  • Retorno em 10 anos - 130,58%
  • Taxa administrativa - 0,15% ao ano sobre o valor de mercado do fundo
  • Imposto de Renda - isento para dividendos; 20% para ganho de capital

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.