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Quais ações mais caíram e mais subiram nos três anos de pandemia?

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/02/2023 16h14

Ações de empresas de turismo e do comércio estão entre as maiores quedas desde que a pandemia começou, há três anos.

Já quem mais ganhou valor foram as empresas ligadas ao petróleo, por conta do aumento do preço do combustível em todo o mundo.

Há três anos, o mercado já estava prevendo quais seriam os impactos da pandemia de coronavírus que já se espalhava pela Ásia, Europa e Estados Unidos. Quando a pandemia chegou com força no Brasil, obrigando lojas e restaurantes a fecharem e cancelando viagens e outros planos, as ações caíram ainda mais.

Considerando o dia 21 de fevereiro de 2020, sexta-feira de Carnaval daquele ano, a plataforma Trademap verificou quais foram as ações foram as mais atingidas — positiva e negativamente — pela pandemia até 22 de fevereiro de 2023. O levantamento considera ações que tiveram com volume financeiro superior a R$ 5 milhões no período.

Confira a lista das maiores quedas e altas:

As 10 maiores quedas na pandemia:

  1. Americanas (AMER3): -98,43%
  2. IRB Brasil (IRBR3): -97,53%
  3. Marisa (AMAR3): -94,56%
  4. C&A (CEAB3): -88,46%
  5. Light (LIGT3): -88,41%
  6. Tenda (TEND3): -88,08%
  7. Gafisa (GFSA3): -87,80%
  8. Via (VIIA3): -87,56%
  9. CVC (CVCB3): -87,26%
  10. Azul (AZUL4): -86,79%

Fonte: TradeMap - variação dos últimos três anos até 22 de fevereiro de 2023

O que explica as quedas nas ações?

  • A ação da Americanas tem o pior desempenho com desvalorização. Durante os piores dias da pandemia para o mercado, o papel teve desvalorização de 37,69%, de 21 de fevereiro até o dia 23 de março de 2020 - considerado o pior dia para o Ibovespa, quando o índice caiu 45% num só dia. Mas a ação despencou mesmo com a divulgação do rombo contábil e com o pedido de recuperação judicial da empresa.
  • O IRB Brasil tem o segundo pior desempenho. Em primeiro lugar, a pandemia atingiu em cheio as seguradoras. Mas a situação piorou mais ainda com uma fraude contábil na empresa.
  • Companhias aéreas também sofreram com a pandemia e as restrições a viagens, além do alto custo do combustível.
  • O Ibovespa registra recuo de 5,74% nos três anos até 22 de fevereiro de 2023.

As 10 maiores altas da pandemia:

  1. Unipar (UNIP6): 305,22%
  2. PetroRio (PRIO3): 291,99%
  3. Ferbasa (FESA4): 238,66%
  4. Taurus (TASA4): 211,43%
  5. Kepler Weber (KEPL3): 202,77%
  6. SLC Agrícola (SLCE3): 167,22%
  7. Bradespar (BRAP4): 161,92%
  8. Lupatech (LUPA3): 143,51%
  9. Vale (VALE3): 134,05%
  10. Eternit (ETER3): 124,85%

O que explica as altas nas ações?

  • O petróleo é o grande ganhador desse período. A ação da Unipar, empresa de instalação de polos petroquímicos no Brasil e na Argentina, quadruplicou de preço, crescendo 305,22%.
  • Durante o auge da queda provocada pela pandemia, o papel caiu 45,6% (de 21 de fevereiro a 23 de março de 2020). Mas depois se recuperou: de 23 de março de 2020 até 22 de fevereiro o papel subiu 644,89%.
  • Em seguida, vem outra petroleira, a PetroRio, com valorização de 291,99%. Ela teve queda de 75,23% nos primeiros dias da pandemia, e subiu 1.482,49% de 23 de março de 2020 até 22 de fevereiro de 2023.
  • Em terceiro, vêm os papéis da Ferbasa, mineradora de ferro da Bahia, com valorização de 238,66% em três anos até 22 de fevereiro de 2023. Ela também se beneficiou da alta do preço das commodities em todo o mundo, com a queda na produção causada pela pandemia.
  • Essa também é a explicação para a alta das ações da Vale.

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