Produtores de petróleo se reúnem para salvar mercado devastado
Os principais países produtores de petróleo, liderados pelos membros da OPEP, iniciaram nesta quinta-feira (9) uma reunião por videoconferência para tentar chegar a um acordo sobre um corte na produção e acabar com o colapso dos preços em meio à pandemia de COVID-19.
"A nona reunião(extraordinária) de ministros da OPEP e de países não membros da OPEP começou", tuitou a organização sediada em Viena, que postou fotos do ministro da Energia russo Alexander Novak e do saudita Abdel Aziz bin Salmán.
A reunião deve abrir caminho para um "acordo justo que restabeleça o equilíbrio dos mercados de petróleo", segundo as autoridades sauditas, que organizaram a conferência a pedido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus parceiros, no que é conhecido como OPEP+, discutirão uma redução maciça na produção mundial de petróleo, sua principal arma diante da queda na demanda.
O mercado já apresentava superávit antes do início da pandemia de coronavírus e das medidas de contenção que paralisam a atividade econômica em todo o mundo.
A meta é um corte conjunto de "10 a 15 milhões de barris por dia (mbd)", confirmou o ministro do petróleo do Kuwait, Jaled al-Fadhel, citado pelo jornal Al-Rai.
Este volume, mencionado por Trump na semana passada, parece alcançar consenso, o difícil será distribuí-lo entre os países.
A Rússia, o segundo maior produtor e líder dos países não membros da OPEP, parece pronta para cooperar, ao contrário da reunião anterior no início de março, que terminou em um fiasco e levou a uma guerra de preços com a Arábia Saudita, líder do cartel.
Um porta-voz do ministério da Energia russo disse à agência Tass na quarta-feira que Moscou estava "pronto para reduzir a produção em 1,6 milhão de barris por dia".
A Arábia Saudita e a Rússia deixaram claro que só reduzirão a produção "se outros grandes produtores de petróleo fizerem o mesmo", segundo Bjarne Schieldrop, analista da Seb.
Os Estados Unidos, o maior produtor mundial, pressionam por um acordo para fornecer oxigênio à sua indústria de óleo de xisto, caro para extrair e, portanto, com grandes dificuldades devido ao atual nível baixo de preços.
Ao contrário de outros, Washington não pode obrigar os produtores de seu próprio país porque as regras da concorrência impedem que a empresas coordenem as atividades entre si.
A conferência, organizada em caráter de urgência, é excepcional: o convite foi enviado muito além do círculo habitual, com a presença de pelo menos dez países não membros da OPEP, incluindo a Noruega, que confirmou sua participação como observador.
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