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Boeing suspende suas compras de titânio na Rússia

AFP, Nova York

07/03/2022 13h59Atualizada em 07/03/2022 15h42

A fabricante de aviões americana Boeing anunciou nesta segunda-feira (7) que suspendeu as compras de titânio da Rússia, onde está sediada sua principal fornecedora, a VSMPO-AVISMA, e garantiu que possui estoque e outras fontes suficientes para obter o produto usado na construção de aviões.

O grupo não forneceu informações sobre o status da empresa que mantém com a VSMPO-AVISMA, Ural Boeing Manufacturing (UBM), criada em 2006.

A Boeing e a VSMPO-AVISMA assinaram um acordo em novembro passado, confirmando que o grupo com sede na Rússia permaneceria "o maior fornecedor de titânio para as aeronaves comerciais atuais e futuras da Boeing". O primeiro contrato entre as duas empresas data de 1997.

Mas o grupo americano se distanciou da Rússia após a invasão da Ucrânia, anunciando na semana passada que estava suspendendo a entrega de peças, seus "serviços de manutenção e suporte técnico para companhias aéreas russas", bem como suas "grandes operações" em Moscou.

O presidente do conselho VSMPO-AVISMA é Sergey Chemezov, que está na lista de cidadãos russos sancionados pelos Estados Unidos.

A Boeing garante que possui "um estoque substancial de titânio" devido à diversificação de suas "fontes mundiais" de fornecimento.

"Estamos realmente tristes que o contrato com nosso parceiro de longa data (Boeing) tenha sido suspenso", disse o presidente da VSMPO-AVISMA, Dmitri Osipov, à agência russa TASS, observando que a empresa espera "esta situação" e vai reorientar suas vendas para outros mercados e setores.