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Investidores em títulos do Novo Banco contratam advogados, dizem fontes

Tom Beardsworth

28/01/2016 09h59

(Bloomberg) -- Os investidores em títulos do Novo Banco contrataram os escritórios de advocacia Clifford Chance e PLMJ depois que a intervenção do Banco de Portugal os deixou diante de possíveis prejuízos, segundo duas pessoas com conhecimento da situação.

A Pacific Investment Management (Pimco) e a BlackRock, maiores detentoras de títulos afetados pela medida do banco central, compõem o grupo, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque o assunto é privado. Os investidores buscam reunir mais detentores de títulos que estejam enfrentando prejuízos, disseram as pessoas.

O grupo contratou os dois escritórios de advocacia em resposta à transferência, pelo banco central, de cinco títulos sênior do Novo Banco para um "banco ruim", no mês passado. Com a mudança, que ajudou a recapitalizar o Novo Banco, os detentores de títulos têm poucas chances de serem reembolsados por notas com um valor nominal de cerca de 2 bilhões de euros (US$ 2,2 bilhões).

Representantes da PLMJ, de Lisboa, da Clifford Chance, de Londres, da BlackRock e da Pimco preferiram não comentar as contratações.

As notas transferidas caíram de 90 centavos de euro para cerca de 10 centavos de euro após o anúncio do Banco de Portugal, em 29 de dezembro. Os títulos subiram, desde então, para cerca de 35 centavos de euro, ajudados por uma reportagem do Jornal de Negócios informando que os investidores poderão receber alguma indenização por meio de um fundo do setor bancário.

O Novo Banco surgiu do colapso do Banco Espírito Santo, em agosto de 2014, antes o maior banco de Portugal em valor de mercado. Ele foi criado como um "banco bom" sob a supervisão do Banco de Portugal e recebeu os passivos sênior e a maior parte dos ativos do banco falido.