Alta nas bolsas da AL puxa fundos da Fidelity e BlackRock
(Bloomberg) -- As bolsas da América Latina estão liderando uma recuperação nos ativos dos países emergentes neste início de ano e impulsionando fundos regionais da Fidelity International e BlackRock Inc.
O desempenho coloca esses fundos no escalão superior dos pares dos mercados emergentes, com pelo menos US$ 1 bilhão sob gestão até agora em 2019, segundo dados compilados pela Bloomberg. O sucesso acontece em apenas alguns dias, mas segue um ano em que o indicador MSCI de ações latino-americanas caiu 9,3%. Isso marcou a maior perda desde 2015, embora tenha sido menor do que a queda na Ásia, Europa, Oriente Médio e África.
Os fundos Fidelity e BlackRock têm sua maior exposição aos bancos da região, de acordo com os dados mais recentes, e mais de quatro quintos de suas participações são dedicadas ao Brasil e ao México. As duas nações escolheram novos líderes no ano passado em meio a um superciclo eleitoral em toda a América Latina, com 14 eleições presidenciais em um período de dois anos.
"Quando novos presidentes chegam, as expectativas são muito altas", disse Angel Ortiz, que supervisiona o Latin America Fund da Fidelity de Londres.
A BlackRock não respondeu a telefonemas e e-mails pedindo comentários.
Ortiz disse que prefere economias vinculadas à demanda do consumidor doméstico do que ativos andinos que flutuam mais com o preço das exportações de commodities. Seu fundo está overweight com Brasil e underweight com México, Chile e Colômbia.
"Há mais interesse na América Latina por pessoas de fora", disse Ortiz. "As pessoas estão percebendo que algo está se movendo."
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