Cinco assuntos quentes para o Brasil hoje
(Bloomberg) -- Investidores veem um cenário mais favorável para reforma da Previdência, na expectativa de que o Congresso tomará a frente do projeto. Enquanto apostam no poder dos parlamentares, investidores lidam com polêmicas sobre atos de apoio a Bolsonaro, dólar resistente perto de R$ 4,10 na véspera, enquanto hoje moedas emergentes seguem pressionadas. Alívio pontual à Huawei ajuda setor de tecnologia. Veja destaques:
Aposta no Congresso
Apesar das incertezas políticas que envolvem o governo de Jair Bolsonaro, os investidores veem um cenário mais favorável para a reforma da Previdência, na expectativa de que o Congresso tomará a frente do projeto."Acreditamos que o governo será capaz de aprovar a reforma", disse a gestora SPX, em sua carta mensal. "Não por mérito próprio, mas porque boa parte dos congressistas sabe que sem a reforma o país caminharia para uma crise fiscal permanente", segundo a gestora. Eurasia e Bank of America Merrill Lynch passaram a ver chances maiores de aprovação recentemente. Essa visão fez o Ibovespa disparar mais de 2% ontem. O temor de um texto alternativo foi dissipado pelo relator na Comissão Especial, Samuel Moreira, que disse trabalhar com base na PEC do governo. Fala considerada mais apaziguadora de Bolsonaro sobre o Congresso também aliviou ao longo do dia.
Atos pró-Bolsonaro
As articulações em torno das manifestações a favor do governo no domingo (26) seguem gerando debates. O movimento de empresários Brasil 200, que possuem agenda pró-governo, não vai apoiar os protestos por discordar de parte da pauta, que passa por ataques ao Congresso e ao STF, segundo a Folha. Já grupos aliados ao presidente, como evangélicos, caminhoneiros e parte da bancada do PSL, estão usando as redes sociais para obter apoio, diz o Estado. O presidente Bolsonaro considera participar das manifestações, mas ainda não tomou uma decisão, segundo conversas reservadas relatadas pela Folha
Waiver para Huawei
Nasdaq futuro aponta recuperação das ações de tecnologia em meio à notícia de que Departamento de Comércio dos EUA concedeu na noite de segunda-feira um alívio de 90 dias para certas empresas norte-americanas de banda larga e clientes de aparelhos da Huawei. Após o aceno dos EUA, as bolsas europeias sobem e moedas emergentes se depreciam. Temperatura da guerra comercial, porém, se mantém alta após China fazer advertência contra decisão de Trump.
Dólar parado
Dólar comercial não embarcou nesta segunda-feira de melhora dos ativos domésticos como na Bolsa e nos juros futuros. A moeda fechou estável sem se influenciar pelos leilões de linha do BC. Hoje, haverá mais dois leilões com oferta de até US$ 1,25 bi. Na agenda leve de hoje, Tesouro oferta até 500.000 NTN-Bs para 2024 e 2028 e até 150.000 para 2035 e 2055, após vencimento e pagamento de cupom desse tipo de título liberarem R$ 94 bi na semana passada. No dia há ainda reunião do conselho de governo pela manhã no Palácio do Alvorada, em Brasília.
Commodities
Minério de ferro está estável com traders atentos a potenciais notícias sobre oferta. Embora a Vale tenha dado um guidance para reconstruir sua capacidade, cia. pode ter dificuldades para reequilibrar o mercado devido à falta de oferta no resto do mundo e à aceleração da demanda na China, segundo Citi. Petróleo sobe com sinais de que a Opep e seus aliados pretendem prolongar cortes na oferta para além de junho. Restrição de oferta pela Venezuela também mantém suporte para petróleo. No país sul-americano, o presidente Nicolas Maduro propôs antecipar eleições para a Assembleia Nacional, pólo liderado pela oposição. Na seara agrícola, açúcar volta à mínima em 7 meses e café recua; soja e milho sobem
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.