Melhor índice de ações das Américas deve subir 15% em 2020
Resumo da notícia
- Média de projeções indica que Bolsa deve atingir cerca de 131.900 pontos em 2020
- Seria o quinto ano seguido de ganhos para as ações brasileiras
- Analistas avaliam que o crescimento econômico está ganhando força no Brasil
- Juros mais baixos e avanço da agenda liberal sustentam perspectiva de investidor assumir mais risco
Estrategistas esperam que o índice acionário com melhor desempenho no continente americano em 2019 amplie seu rali no ano que vem. O Ibovespa deve subir 15% até o fim de 2020, para cerca de 131.900 pontos, de acordo com a média de dez projeções compiladas pela Bloomberg.
As projeções variam de 125.000 pontos (sugerindo 9% de alta com base no fechamento da última sexta-feira) a 139.000 pontos (o que implica avanço de 21% em relação ao patamar atual). Se as projeções se confirmarem, seria o quinto ano consecutivo de ganhos para as ações brasileiras, juntando-se ao período de 2004-2007 como maior sequência de retornos anuais positivos.
Sustentando a confiança entre os estrategistas está uma série de dados apontando que o crescimento na maior economia da América Latina pode estar ganhando tração. Com a taxa básica de juros na mínima histórica e uma agenda liberal avançando no Congresso, a perspectiva também é de que os investidores brasileiros tomem mais risco.
"Nós continuamos a ver espaço" para o re-rating do mercado brasileiro com base no custo de capital menor — apoiado pelo ímpeto de reformas, juro baixo e novos fluxos de investidores locais e estrangeiros, estrategistas do Itaú BBA liderados por Pablo Ordonez escreveram em relatório.
O Ibovespa acumula alta de 31% neste ano, impulsionado por sinais incipientes de aceleração da atividade econômica e progresso nos esforços do governo em aprovar a reforma da Previdência. Dados divulgados neste mês apontaram que o PIB expandiu mais do que o esperado no terceiro trimestre e o ritmo de criação de empregos formais acelerou em novembro.
O Santander vê as ações brasileiras se beneficiando de uma combinação de PIB acelerando e inflação controlada, estrategistas do banco liderados por Daniel Gewehr escreveram em um relatório na última quarta-feira. "Embora a assimetria seja menos atrativa após uma performance robusta, nós acreditamos que o mercado brasileiro deve testar múltiplos mais elevados."
No fechamento da última sexta-feira, o Ibovespa negociava a 13,4 vezes o lucro estimado, o maior patamar em quase dois anos, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Em dólares, o índice ainda está 33% abaixo de sua máxima histórica, atingida em 2011.
O Bradesco BBI, cuja projeção de 139.000 pontos para o índice é a mais elevada, espera que investidores estrangeiros ajudem a absorver as ofertas de ações previstas para os próximos meses. Gilson Finkelsztain, presidente da B3, disse neste mês que espera de 20 a 30 ofertas em 2020.
Apesar do rali do mercado brasileiro em 2019, os estrangeiros retiraram cerca de R$ 15 bilhões de ações brasileiras no ano até 17 de dezembro. Excluindo o fluxo de entrada via ofertas de ações, a saída totaliza cerca de R$ 42 bilhões, de acordo com dados da B3.
As ações brasileiras devem atrair ao menos R$ 210 bilhões no ano que vem, de acordo com estrategistas do Bradesco BBI liderados por André Carvalho, em nota de 16 de dezembro. "Essa projeção é conservadora", escreveram os estrategistas.
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