Trabalhadores seguem presos dentro de mina abandonada na África do Sul
Dezenove mineiros que trabalhavam de forma ilegal continuam presos sob terra em uma antiga mina de ouro abandonada a leste de Johanesburgo, informou nesta segunda-feira (17) o porta-voz da equipes de resgate, Rogers Mamaila,
A polícia afirmou que os onze mineiros resgatados no domingo (16) da mina de Benoni serão acusados de exploração ilegal e deverão comparecer nesta terça perante um juiz.
"Comparecerão no Tribunal da Magistratura de Benoni para responder por acusações de praticar mineração ilegal", disse o porta-voz da polícia Katlego Mogale, citado pela agência de notícias sul-africana "Sapa".
Os onze trabalhadores estão sob custódia policial desde que foram resgatados ontem da mina, onde inicialmente se pensava que podiam estar presos mais de 200 mineiros.
Após levar o grupo até a superfície, as equipes de emergência interromperam seu trabalho pois o restante dos mineiros negou ser resgatado temendo ser preso ao sair da mina.
Os socorristas afirmaram que não voltariam à jazida até que os mineiros -entre os quais não há feridos graves- estejam dispostos a serem evacuados, devido aos perigos de descer ao subsolo.
Os mineiros foram encontrados no domingo, quando uma equipe de emergência que circulava pelos arredores da mina abandonada escutou gritos.
Os trabalhadores que se encontram mais próximos à superfície tinham informado inicialmente que no total havia cerca de 200 pessoas presas.
A exploração irregular de minas aparentemente abandonadas é um fenômeno habitual na África do Sul e em todo o continente africano.
O valor do ouro extraído das minas ilegais na África do Sul supera a cada ano R$ 1,3 bilhões, que abastecem uma rede mafiosa nacional e internacional.
Há pouco mais de uma semana, oito mineiros morreram em um jazida em Doornkop, no sudoeste de Johanesburgo, após ficarem presos dois dias no subsolo.
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