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BCE eleva projeção de crescimento da zona do euro para 1,7% em 2016

08/09/2016 13h04

Frankfurt (Alemanha), 8 set (EFE).- O Banco Central Europeu (BCE) revisou a previsão de crescimento do bloco neste ano e a revisou para 1,7%, contra os 1,6% estimados em junho, disse nesta quinta-feira o presidente da entidade, Mario Draghi.

Mais cedo, o Conselho do BCE manteve a taxa de juros da região em 0%, devido ao momento de incerteza política na Europa. Agora, os analistas preveem uma inflação de 0,2% neste ano, de 1,2% em 2017 e de 1,6% em 2018, praticamente as mesmas de outras projeções.

Draghi explicou que o governo de governo discutiu os dados econômicos disponíveis desde a reunião realizada em julho e também as novas projeções macroeconômicas, mas revelou que não foram debatidas ampliações nas medidas de estímulo monetário.

Para o italiano, o programa de compras de dívidas públicas e privadas está funcionando e o BCE deve se estabilizar em sua implementação. "Embora as evidências disponíveis até agora sugiram a resistência da economia da região do euro à incerteza política e econômica global que persiste, nosso cenário-base está sujeito a riscos em baixa relacionados com o exterior", disse.

O presidente do BCE acrescentou que não houve mudanças significativas para atuar, mas manifestou sua disposição em tomar medidas cabíveis caso seja necessário.

Draghi defendeu o baixo nível dos juros, que considera como necessário para impulsionar a recuperação econômica, e avaliou que a capacidade de gerar empréstimos não é influenciada pela taxa.

"Os juros têm que ser baixos hoje para serem mais altos no futuro. Nossas amplas medidas de política monetária continuam assegurando apoio às condições de financiamento e apoiam a recuperação econômica da região do euro", disse Draghi.

O BCE prevê uma recuperação econômica "moderada", mas contínua, apoiada pela demanda interna, pelas condições de financiamento favoráveis e pela melhora da rentabilidade das empresas, que recuperarão suas capacidades de investimento.

Mas o processo será afetado por uma demanda externa contida, em parte pela incerteza depois do "Brexit", afirmou Draghi.