Sindicatos protestam em São Paulo contra taxa de juros do BC
São Paulo, 11 jan (EFE).- Cerca de cem representantes da Força Sindical, da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) protestaram nesta quarta-feira (11) em frente à sede do Banco Central (BC), em São Paulo, para exigir a redução da taxa de juros, fixada em 13,75 %, de modo a reativar a economia e "gerar emprego", além de pedirem o cancelamento da reforma da Previdência.
"Se os juros diminuírem, haverá investimento na produção e o emprego aumentará. Agora, da forma como as indústrias estão fazendo, o dinheiro vai para o exterior e a miséria fica no Brasil", disse à agência de notícias Efe o presidente nacional da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira.
O BC reduziu em novembro do ano passado a taxa de juros para 13,75%, com o objetivo de reativar a economia, que encolheu 3,8% em 2015 e, segundo as previsões de analistas privados, apresentará uma queda de 3,49% para 2016.
Ainda nesta quarta-feira, o BC divulgará a nova taxa vigente e, de acordo com os analistas do mercado, é possível que seja apresentada uma redução entre 0,5% e 0,75%.
Quanto ao emprego, o número de desempregados no Brasil chegou ao recorde de 12,1 milhões no trimestre entre setembro e novembro de 2016, o equivalente a 11,9% da população ativa.
O protesto também foi convocado para exigir o fim do projeto de reforma da Previdência, que pretende subir para 65 anos a idade mínima do cidadão que quiser ter acesso à aposentadoria.
"O governo faz uma propaganda enganosa dizendo que nosso sistema de aposentadoria está quebrado. Nosso sistema não está quebrado, mas se continuar esta política nefasta de juros altos, as indústrias não vão investir para gerar emprego, e aí sim haverá problemas", disse o presidente nacional da Força Sindical, Carlos Ortiz.
A iniciativa do governo do presidente Michel Temer foi apresentada ao Congresso em dezembro e propõe os 65 anos como idade mínima tanto para homens como para mulheres terem acesso aos benefícios da aposentadoria, além da obrigatoriedade de pelo menos 25 anos de contribuição.
"Estamos contra este governo que está com esta proposta de alterar os direitos que conquistamos há muitos anos", argumentou a secretária nacional de políticas para mulheres da Força Sindical, Maria Auxiliadora dos Santos.
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