Boeing anuncia novo diretor de aviões comerciais após crise com 737 MAX
A Boeing anunciou nesta terça-feira uma troca na direção de sua unidade de aviões comerciais, com a saída de Kevin McAllister após a crise envolvendo o modelo 737 MAX que levou a dois acidentes que causaram a morte de 346 pessoas.
Em comunicado, a Boeing informou que McAllister será substituído por Stan Deal, que está na companhia desde 1986 e era presidente e diretor executivo da Boeing Global Services.
"Toda a equipe da Boeing está focada na excelência operacional, alinhada com nossos valores de segurança, qualidade e integridade", disse no texto o presidente e CEO da Boeing, Dennis Muilenburg, que também ressaltou que a empresa está "empenhada em recuperar a confiança dos reguladores, clientes e outras partes interessadas".
McAllister é o executivo de maior categoria a deixar a companhia desde o início da crise com o modelo 737 MAX, que apresentou falhas de segurança que causaram a queda de duas aeronaves. O primeiro acidente ocorreu com um avião da companhia indonésia Lion Air em 29 de outubro de 2018, no mar de Java, e causou a morte de 189 pessoas. O segundo aconteceu com um voo da Ethiopian Airlines que caiu na Etiópia em 10 de março deste ano, o que provocou a morte dos 157 ocupantes.
Após este último acidente, a Boeing interrompeu a entrega de aviões da mesma linha já comprados por diversas companhias, e autoridades do setor proibiram os voos com o modelo.
"Somos muito gratos a Kevin por seu dedicado e incansável serviço à Boeing, aos clientes e às comunidades durante um momento complexo", acrescentou Muilenburg no comunicado.
A mudança no comando ocorreu um dia depois de as ações da Boeing sofrerem uma nova queda em Wall Street, de 3,8%, como reação de investidores à notícia de que a empresa teria ocultado informações às autoridades sobre a segurança dos 737 MAX. Na última sexta-feira, os papéis já tinham caído 6,79%.
Imersa em uma profunda crise de reputação, a Boeing teve no último trimestre os piores resultados de sua história - um prejuízo de US$ 2,942 bilhões.
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