Demanda interna por bens industriais cai 0,6% em julho ante junho, diz Ipea
O indicador é calculado pela produção industrial interna líquida das exportações acrescida das importações. Enquanto a produção interna líquida de exportações caiu 1,9% na margem, as importações de bens industriais cresceram 6,1%.
"A queda registrada em julho foi bastante disseminada entre as grandes categorias econômicas", diz um trecho do relatório do pesquisador Leonardo Mello de Carvalho, publicado nesta segunda no blog da Carta de Conjuntura do Ipea.
Os destaques negativos ficaram por conta dos segmentos bens de capital e bens de consumo semi e não duráveis, com baixas de 7,6% e 3,1%, respectivamente, informou o Ipea.
Quando se considera a demanda interna por bens da indústria de transformação, houve alta de 1,3% em julho ante junho. A indústria extrativa mineral apresentou forte recuo, com queda de 19,8% em relação a junho, puxando a média para baixo. "Esse resultado foi explicado, em grande medida, pelo aumento da parcela da produção nacional de petróleo destinada ao mercado internacional", diz o relatório do Ipea.
Na passagem de junho para julho, 15 segmentos da indústria da transformação avançaram, de um total de 22, reduzindo o índice de difusão (que mede a porcentagem dos segmentos da indústria de transformação com aumento em comparação ao período imediatamente anterior) para 68%, ante 86% de junho.
Na comparação com julho de 2017, a alta de 8,9% demanda interna por bens da indústria de transformação foi disseminada por 20 dos 22 segmentos pesquisados.
Além disso, o crescimento de 6,6% na demanda interna para a indústria como um todo superou a alta da produção industrial (4%), mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Tomando por base a variação acumulada em 12 meses, a demanda segue registrando ritmo de crescimento mais intenso (5,7%) que o apresentado pela produção industrial (3,2%)", diz o relatório do Ipea.
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