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Busca por Black Friday na internet sobe 20% em relação a 2019

Expectativa do comércio é que as vendas no e-commerce batam recordes devido à pandemia - Foto: iStock/ MicroStockHub
Expectativa do comércio é que as vendas no e-commerce batam recordes devido à pandemia Imagem: Foto: iStock/ MicroStockHub

Talita Nascimento e Niviane Magalhães

São Paulo

26/11/2020 07h06

A procura na internet por descontos na Black Friday está em alta e a expectativa é que as vendas no e-commerce batam recordes em um ano marcado pela pandemia - que obrigou o consumidor a amadurecer digitalmente, ao mesmo tempo em que reduziu a atratividade das lojas físicas. Segundo levantamento do Google, obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast, as buscas por Black Friday já eram 20% maiores entre os dias 11 e 17 de novembro que no mesmo período de 2019.

Segundo a consultoria Ebit/Nielsen, o comércio online no evento deste ano deve crescer 27% em relação a 2019, considerando as vendas entre hoje e amanhã, o dia propriamente dito do evento. Nos cálculos ABComm, associação brasileira de e-commerce, o crescimento deve ficar em torno de 77% na comparação anual, contando as vendas de hoje até a próxima segunda.

O Google fez também o recorte das categorias com maior crescimento na busca entre os dias 14 e 20 de novembro em comparação com o mesmo período do ano passado. Lideram a lista os tablets e leitores digitais, com alta de 56%. Na sequência, vêm computadores, com aumento de 54%; a categoria de cama, mesa e banho, com buscas 53% maiores; acessórios de informática, com alta de 49%; moda para bebês, 46% mais buscada; e artigos para animais de estimação, com alta de 45%.

Sem aglomeração. Nas lojas físicas, a preocupação com o avanço do coronavírus deve impedir as cenas de tumulto e de disputa por produtos comuns nas edições anteriores do evento. As grandes redes varejistas não planejam grandes ações nas unidades e algumas apostam em lives para atrair o consumidor e apresentar descontos.

O Magalu fará evento online a partir das 22h30 de hoje até a meia-noite e meia, com apresentação da atriz Taís Araújo e de Luciano Huck e show de Anitta. A Americanas vai comandar o evento principal Show da Black Friday, organizado pelo YouTube, das 21h à 1h. A apresentação será feita pelo youtuber e empresário Felipe Neto.

A rede, ao contrário das concorrentes, vai manter 1,5 mil de suas lojas abertas 24 horas de hoje para amanhã. Em nota, a empresa afirmou que a medida visa a evitar aglomerações e que haverá gestão de fluxo de clientes.

O Extra, que costumava reunir uma multidão de consumidores em uma loja da zona sul de São Paulo à meia-noite, terá suas unidades funcionando em horário normal para evitar aglomeração.

De acordo com Magalu, Americanas, Via Varejo - dona das Casas Bahia e Ponto Frio - e Extra, todas as lojas têm reforçado as medidas de proteção adotadas desde o início da pandemia de covid-19.

A recomendação, porém, é que os clientes também façam a sua parte. "O consumidor precisa respeitar a dinâmica para não prejudicar a loja", diz o assessor econômico da FecomércioSP, Guilherme Dietze, frisando a necessidade o uso de máscara e álcool em gel.

Cuidados na hora de comprar

Prefira lojas conhecidas Caso contrário, consulte a reputação da marca em sites como o Reclame Aqui, onde é possível filtrar as reclamações. Procure informações cadastrais como CNPJ, razão social e telefone fixo para contato. Desconfie de links patrocinados em sites de pesquisas. Fraudadores costumam pagar para terem seus links maliciosos com destaque.

Pagamento

Uma das formas de pagamento mais seguras é o cartão de crédito: além de eventuais seguros cobertos pela própria bandeira, é possível solicitar o estorno da compra se houver problema. Outra maneira de evitar a clonagem de dados é o uso do cartão virtual e, agora, o Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central - neste caso, o pagamento é à vista.

Prazo de entrega

Se a loja, física ou virtual, não entregar os produtos comprados no prazo combinado, o consumidor pode cancelar a compra e ter seu dinheiro de volta sem pagar nenhuma taxa, já que a desistência, nesse caso, foi provocada pelo estabelecimento comercial.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Colaborou Luciana Lino, especial para o Estadão)