Funchal diz que 'acelerar a vacinação' é grande desafio para retomada da economia
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Bruno Funchal, disse que o maior desafio do governo hoje é acelerar a vacinação para que a economia do País seja retomada. Otimista, Funchal avalia que o ritmo de imunização contra covid-19 no País vai aumentar e uma "normalidade maior" vai se confirmar no segundo semestre do ano.
"Nosso desafio, o melhor instrumento, é acelerar a vacinação. Novas vacinas estão sendo contratadas, estão chegando", disse Funchal em entrevista à GloboNews na manhã de hoje. "Todos os analistas concordam que quanto maior a velocidade da nossa vacinação, mais rápida a volta à normalidade, maior vai ser o crescimento deste ano e do ano que vem. Em termos de política econômica, esse é um dos grandes objetivos, a velocidade de vacinação", completou.
Funchal destacou que o aumento de pessoas vacinadas com a primeira dose já permitirá um cenário melhor na segunda parte do ano. "Há a perspectivas de essa volta à normalidade ocorrer já no segundo semestre. Com boa parte da população já vacinada com a primeira dose, trabalha-se com essa normalidade maior no segundo semestre. O grande desafio eram justamente o primeiro e o segundo trimestres do ano. O primeiro veio em cima da expectativa e o segundo, imagino, que por conta do aprendizado, vai ser melhor do que a gente imaginava".
O secretário avaliou como "bastante positivo" o resultado PIB no primeiro trimestre do ano. "Esse dado do primeiro trimestre foi bastante positivo, foi puxado por investimento, e investimento está associado a perspectiva, a confiança das pessoas na continuidade da atividade". Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados ontem mostram que o PIB avançou 1,2% no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020. Com isso, a economia brasileira volta a operar no mesmo patamar do quarto trimestre de 2019, antes da pandemia de covid-19.
Funchal ponderou que o trabalho de consolidação fiscal e aprovação de reformas estruturantes "tem de continuar" para permitir que o crescimento econômico do País siga sustentável.
Na entrevista, ele alertou, porém, que além da continuidade da pandemia, outro risco para o desempenho da economia é uma eventual crise hídrica. "O segundo ponto é o risco hídrico, mas medidas já estão sendo tomadas para mitigar justamente esse risco. Você tem um problema estrutural, mas você tem um problema conjuntural, que é a estiagem, essa seca. Mas a gente tem de encarar esse problema, medidas já estão sendo tomadas", disse, sem detalhar quais.
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