Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Dívida bruta do governo geral fica em 81,1% do PIB em novembro, diz BC

A dívida bruta é uma das referências para agências globais de classificação de risco; na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote. - Getty Images
A dívida bruta é uma das referências para agências globais de classificação de risco; na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote. Imagem: Getty Images

Thaís Barcellos e Lorenna Rodrigues

Brasília

30/12/2021 10h22Atualizada em 30/12/2021 12h52

A Dívida Bruta do Governo Geral fechou novembro aos R$ 6,978 trilhões, o que representa 81,1% do Produto Interno Bruto (PIB). O porcentual, divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central (BC), é menor que os 82,3% de outubro, número revisado pela autoridade monetária.

Com influência da inflação e da recuperação econômica este ano, a dívida bruta teve uma trajetória de queda de março a agosto, mas voltou a subir em setembro. No fim de 2020, o porcentual era de 88,8% - recorde histórico. No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

A Dívida Bruta do Governo Geral - que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais - é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

O BC informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) passou de 57,1% (também revisado) para 57,0% do Produto Interno Bruto (PIB) em novembro. A DLSP atingiu R$ 4,095 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.

Déficit nominal

O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 26,608 bilhões em novembro. Em outubro, o resultado nominal havia sido deficitário em R$ 25,014 bilhões e, em novembro de 2020, deficitário em R$ 20,123 bilhões.

No mês passado, o governo central registrou déficit nominal de R$ 35,544 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo positivo de R$ 7,572 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram déficit nominal de R$ 636 milhões.

O resultado nominal representa a diferença entre receitas e despesas do setor público, já após o pagamento dos juros da dívida pública.

No ano até novembro, o déficit nominal somou R$ 329,415 bilhões, o que equivale a 4,16% do PIB. Em 12 meses até novembro, há déficit nominal de R$ 405,223 bilhões, ou 4,71% do PIB.

Gasto com juros

O setor público consolidado teve um resultado negativo de R$ 41,642 bilhões com juros em novembro, após esta rubrica ter encerrado outubro com um gasto de R$ 60,413 bilhões, informou o Banco Central.

Conforme o BC, o governo central teve no mês passado despesas na conta de juros de R$ 56,908 bilhões. Os governos regionais registraram gastos de R$ 2,968 bilhões e as empresas estatais, despesas de R$ 537 milhões.

No ano até novembro, o gasto com juros somou US$ 394,019 bilhões, o que representa 4,98% do PIB. Em 12 meses até novembro, as despesas com juros atingiram R$ 417,990 bilhões (4,86% do PIB).