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Ministro rebate Campos Neto e diz que é opção do BC manter juros altos

"Sociedade está endividada e refém deste política monetária", disse Paulo Pimenta em uma rede social - José Luiz Tavares/Estadão Conteúdo
"Sociedade está endividada e refém deste política monetária", disse Paulo Pimenta em uma rede social Imagem: José Luiz Tavares/Estadão Conteúdo

Sofia Aguiar

Brasília

13/05/2023 17h14Atualizada em 13/05/2023 18h18

O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, rebateu o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dizendo ser uma "opção" do BC manter os juros altos — 13,75% ao ano — para impedir o crescimento do País.

"Não é sério. É uma opção de manter juros altos para favorecer o rentismo e impedir o País de crescer", disse o ministro em publicação no Twitter. "Brasil precisa de crédito barato, a economia girar, gerar emprego e criar oportunidades. Sociedade está endividada e refém deste política monetária contrária aos interesses nacionais."

A mensagem de Pimenta responde a uma fala de Campos Neto, que havia culpado o governo pelo crédito caro no Brasil. A declaração foi feita ao programa do empresário Abílio Diniz na CNN Brasil, gravada em 9 de maio e transmitida na noite desta sexta-feira, 12.

Se você, empresário, está tentando pegar um dinheiro e está caro, a culpa não é do Banco Central, que é 'malvado'. A culpa é do governo, que deve muito. (...) O grande culpado pelos juros estarem altos é que tem alguém competindo pelos mesmos recursos e pagando mais.
Roberto Campos Neto, à CNN Brasil

O presidente do BC também reforçou que a meta de inflação é determinada pelo governo, não pela autoridade monetária.