Rússia não ajudará Chipre; Parlamento deve tomar decisão nesta sexta
O ministro das Finanças do Chipre, Michael Sarris, saiu de Moscou de mãos vazias nesta sexta-feira (22), depois que a Rússia rejeitou os pedidos de ajuda. Com isso, o Parlamento do Chipre se reúne em sessão extraordinária ainda nesta tarde para determinar o futuro do país.
"As negociações terminaram no que diz respeito ao lado russo", afirmou o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, a repórteres após dois dias de negociações.
O Chipre buscava uma solução para arrecadar 5,8 bilhões de euros depois de ter rejeitado confiscar parte dos depósitos bancários no país. A quantia é exigida para completar o resgate de 10 bilhões oferecido pela União Europeia.
O país tentava negociar um acordo de empréstimo com a Rússia, ganhar mais financiamento e atrair investidores russos para bancos cipriotas e reservas de gás. Mas Siluanov disse que os russos não estão interessados, e que as negociações terminaram sem uma solução.
A ilha agora está sozinha para acertar um acordo de resgate com a União Europeia (UE) ou enfrentar o colapso de seu sistema financeiro na próxima terça-feira, quando os bancos reabrirão.
Se não houver acordo, o Banco Central Europeu (BCE) afirmou que cortará, na segunda-feira, os fundos de emergência aos bancos do país, potencialmente tirando o Chipre do bloco monetário.
Parlamento do Chipre faz sessão extraordinária nesta sexta-feira
"O Parlamento está convocado a tomar grandes decisões em breve. Sem dúvidas, teremos aspectos dolorosos em qualquer decisão tomada, mas o país tem que ser salvo", afirmou o porta-voz do governo, Christos Stylianidis.
Ele se referia a uma sessão extraordinária do Parlamento, prevista para a tarde desta sexta-feira, na qual será examinado um pacote de oito projetos de lei, com o qual o país espera arrecadar 7 bilhões de euros.
Mais cedo, o Parlamento havia adiado debate parlamentar de plano alternativo de resgate marcado para as 10h00 (5h00 de Brasília). A comissão parlamentar de finanças ainda estava examinando os projetos, destacou a imprensa local.
"As próximas horas determinarão o futuro deste país. Todos devemos assumir nossa responsabilidade", declarou Stylianidis.
Os europeus esperam que ainda nesta sexta-feira o Parlamento cipriota aprove uma lei de reestruturação bancária (que inclui uma liquidação de bancos) e outra para restringir o movimento de capitais, a fim de evitar movimentos de pânico quando os bancos, fechados desde 16 de março, voltarem a abrir suas portas, na próxima terça-feira.
(Com agências)
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