Custo do ponto deve ser menos de 15% do faturamento da franquia
Uma das maiores dificuldades para quem vai abrir uma empresa é encontrar um ponto comercial. O grande “vilão” são os altos valores imobiliários, que elevam o custo de ocupação. No caso das franquias, o ideal é que estas taxas não ultrapassem 15% do valor do faturamento estipulado pelo franqueador.
Há segmentos em que o custo de ocupação deve ser ainda menor, entre 7% e 12% do faturamento bruto, de acordo com a especialista em franquias da KBM Advogados, Thais Kurita.
É o caso do franqueado da rede de acessórios femininos MyGloss Ricardo Feferbaum. Ao escolher o ponto em um shopping de médio fluxo, ele economizou custos e, hoje, sua loja fatura cerca de 15% a mais do que as demais pertencentes à rede.
“O custo de ocupação maior do que 15% da receita bruta, somado aos demais gastos com folha de pagamentos e estoque, pode comprometer a lucratividade do negócio”, afirma Kurita.
A alternativa, neste caso, é tentar negociar o valor do aluguel ou mesmo procurar outros pontos mais baratos.
Para a especialista em franquias, cada tipo de negócio tem um ponto comercial mais adequado. Lojas cujo público-alvo utiliza carros –as lavanderias, por exemplo– precisam estar em vias onde o tráfego de veículos seja intenso e tenha estacionamento.
Despesas
O custo de ocupação maior do que 15% da receita bruta, somado aos demais gastos com folha de pagamentos e estoque, pode comprometer a lucratividade do negócio
Thais Kurita, especialista em franquias da KBM AdvogadosJá as operações cujo público anda a pé –como as lojas de bijuterias e vestuário– tem de estar em locais de grande fluxo de pessoas.
“Quanto mais perto do público se está, menor será o esforço para divulgar a empresa”, diz.
O lado positivo é que, normalmente, o próprio franqueador auxilia o futuro franqueado na escolha do ponto e na negociação por taxas de ocupação mais baratas.
Sucesso do negócio depende da gestão
Mesmo com o auxílio da matriz, o sucesso do negócio depende da capacidade de gestão do franqueado, declara o presidente da consultoria Fran Systems, Batista Gigliotti.
Segundo Gigliotti, alguns empreendedores conseguem destaque na rede por serem mais focados e terem mais liderança do que os demais. Alguns, inclusive, investem em divulgações locais e ações para atrair o público.
Para o consultor, as franquias de serviço são mais dependentes da publicidade local do que as de varejo. “As franquias de serviço dependem da fidelização do cliente. Já nas de varejo, o cliente passa em frente à loja, entra e acaba comprando”, afirma.
Marketing local precisa de aprovação
O franqueado de uma rede tem autonomia para criar campanhas de publicidade local. Mas, por envolver uma marca que não foi criada por ele, é necessária a aprovação do franqueador para colocar a ideia em prática.
Este controle é uma medida de segurança do franqueador para que o franqueado não erre o público-alvo ou descaracterize a marca, podendo até prejudicar outros empreendedores da rede.
No entanto, a “burocracia” não deve ser uma barreira para o franqueado colocar em prática suas ideias. “Tudo o que for para otimizar os resultados do negócio, vale a pena investir. O fraqueado não pode esperar que a matriz faça tudo por ele”, diz Gigliotti.
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