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Governo define reajuste da gasolina, dizem jornais; Presidência nega

Do UOL, em São Paulo

22/08/2013 13h06

Dois jornais publicaram, nesta quinta-feira (22), a notícia de que o governo federal teria decidido subir os preços da gasolina e do óleo diesel neste ano. Pelo Twitter, o Planalto negou que esteja estudando um reajuste nos preços.

"O porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, negou, hoje, que a presidenta Dilma tenha discutido reajuste nos preços dos combustíveis", diz o post na rede social de microblog.

A suposta decisão de aumentar o preço dos combustíveis teria surgido pela intensificação da alta do dólar contra o real, que tem pesado sobre as contas da Petrobras.

A forma com que o reajuste aconteceria não teria sido definida. O jornal "O Estado de S. Paulo" publicou, sem citar fontes, que "o reajuste deve ficar na casa de um dígito para os dois produtos, mas o martelo ainda não está batido quanto ao momento ideal para a alta dos preços".  

A decisão de reajuste teria sido tomada em reunião ocorrida na véspera entre a presidente Dilma Rousseff, a presidente da Petrobras, Graça Foster; e os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.

A Folha publicou que "a desvalorização cambial não deixa muitas alternativas, e auxiliares presidenciais dizem ser muito difícil fugir de um aumento nos próximos meses".

A Petrobras "chegou a propor um reajuste escalonado, para diluir o impacto inflacionário, mas não tem esperança de um aumento que compense integralmente a desafagem (entre preços internos e internacionais dos combustíveis)", segundo o jornal.

Questionado sobre um eventual aumento dos combustíveis, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, no último dia 16, que os reajustes nos preços dos combustíveis no Brasil ocorrerão periodicamente.

"Essa é, digamos, a regra", disse a jornalistas, acrescentando que os aumentos não são anunciados com antecedência.

Petrobras cobra reajuste nos preços

O aumento nos preços é cobrado pela Petrobras, como forma de alinhar os preços internos de derivados de petróleo aos valores internacionais, cotados em dólar.

O diesel foi reajustado duas vezes este ano pela Petrobras--com altas de 6,6% em janeiro e 5% em março--, enquanto a gasolina teve uma alta de 5,4% janeiro.

Na gasolina, o governo tentou amenizar o impacto sobre a inflação com aumento na proporção de etanol misturado no combustível, de 20% para 25%, mas a decisão só foi executada em maio.

O impacto do aumento dos combustíveis sobre a inflação tem sido uma preocupação constante do governo.

Em 2012, quando a Petrobras anunciou reajustes, o governo reduziu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) até ela ser zerada para os combustíveis, com o objetivo de neutralizar os impactos dos aumentos para o consumidor final e, desse modo, para a inflação.

(Com Reuters)